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Que tal auxiliar os professores na produção de relatórios e portfólios na Educação Infantil?

POR:
Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink
Professoras discutem relatórios de crianças da Educação Infantil em mesa quadrada (Foto: Gabriela Portilho)

Antes do início da escrita do documento, ajude os professores a pensar no melhor formato e nas informações que ele deve apresentar (Foto: Gabriela Portilho)

Está chegando a hora dos professores se dedicarem aos relatórios de avaliação da aprendizagem das crianças. Qual é o papel do coordenador pedagógico nesse processo? Podemos colaborar com a realização dessa árdua tarefa se planejarmos um ou dois encontros formativos para retomar, ou orientar os novatos pela primeira vez, por que e como devem ser feitos tais relatórios. Proponho abaixo algumas questões norteadoras para esses momentos.

  1. Qual é o formato de relatório que a escola produz? Disponibilize textos do ano anterior para os professores lerem. Peça que eles analisem e comparem dois ou três, identificando o que qualifica cada um deles. Na Educação Infantil, geralmente elaboramos um parecer descritivo para cada aluno.  Muitas escolas também fazem outro documento explicando quais foram os projetos, as sequências e as atividades permanentes propostos para a turma e anexa isso ao material individual. Há, ainda, quem utilize o formato de portfólio, em que se insere imagens da criança no dia a dia da escola assim como algumas atividades produzidas por ela (desenhos e escritas do nome, por exemplo). Analise qual é o formato utilizado por vocês e reflita, em conjunto com os professores, se ele pode ser aperfeiçoado, garantindo que todos tenham clareza de como o material será organizado e apresentado.
  2. Por que e para quem produzimos os relatórios? Deixe o grupo refletir, encontrar respostas e chegar num consenso. Os relatórios são para as famílias em primeiro lugar, mas não só. Também são uma avaliação para o próprio professor. Ter que elaborar um registro de cada um dos pequenos gera uma análise de seu trabalho e esse diagnóstico indicará quais serão os objetivos do segundo semestre. Além disso, também podem ser usados por outros profissionais como terapeutas e os docentes dos anos seguintes. Por isso, a escola precisa manter um arquivo digital com todos os registros e tem de garantir que o que está incluído ali será compreendido pelos pais e por outros colegas.
  3. O que deve ser registrado de cada criança? Para colocar essa questão para o grupo, organize duplas ou trios e peça que registrem suas ideias e depois compartilhem com os demais. No final, elabore um texto unindo todos os tópicos levantados pelo grupo e socialize com todos como uma sistematização após a reunião. É importante que o percurso de aprendizagem de cada criança seja explicitado no relatório. Aqui entram as pautas de observações utilizadas nos diferentes planejamentos, o registro das falas dos pequenos e as observações do professor. As aprendizagens são únicas, então é natural que o registro sobre um pequeno tenha um foco maior na oralidade e o de outro nas conquistas relativas ao eixo de movimento.

Depois de uma reunião onde se discutiu bastante sobre os relatórios, os professores estarão mais mobilizados para selecionar os registros e as atividades que serão contempladas e iniciar a escrita do material. Continue disponível para auxiliar cada um nessa etapa.

E agora, mãos à obra? Conte pra gente como a reflexão sobre os relatórios foi feita aí na sua escola.

Um abraço,

Leninha