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Quatro passos para planejar uma avaliação diagnóstica de Matemática

POR:
Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink
Cenouras em cima de uma superfície azul. Elas estão representando a conta de subtração 3-1=2 (Foto: Shutterstock)

Para que a aula seja sempre desafiadora, é importante oferecer diversos tipos de problemas de adição e subtração. Foto: Shutterstock

“A conta é de mais ou de menos? ” Esta é uma das perguntas mais comuns que as crianças fazem em sala de aula quando tentam resolver um problema matemático do campo aditivo. Ela parece banal, mas, se for analisada, com cuidado pode revelar muito sobre como os alunos têm aprendido.

A resolução de problemas de Matemática foi um conteúdo bastante discutido com os professores da rede em que atuo entre os anos de 2009 e 2012. Percebo que o conhecimento construído naquele período intenso ainda dá frutos, mas, de tempos em tempos, preciso voltar ao tema e parar para refletir sobre o que vem sendo feito.

Neste primeiro semestre que já vai terminando, percebi que os docentes, especialmente os novatos, costumavam variar muito pouco os tipos de problema de adição e subtração propostos para os alunos. Fiquei pensando no que eu poderia fazer para ajudá-los a variar essas questões. Resolvi sugerir aos professores a elaboração de uma situação didática que serviria não somente para examinar o que os alunos já sabem sobre o campo aditivo, mas, principalmente, para descobrir o que a equipe vinha levando em consideração na hora de selecionar e aplicar problemas.

Para pôr a ideia em prática, segui quatro passos:

1º passo: Seleção e análise dos problemas matemáticos
Minha intenção era verificar os tipos de desafio que eles mais escolhiam: combinação, transformação ou comparação (no site NOVA ESCOLA, você encontra uma reportagem com mais detalhes sobre o campo aditivo). Propus que cada professor selecionasse individualmente uma série de enunciados. Depois, com o material em mãos, fizemos uma reunião em que os docentes se dividiram em grupos para ler os problemas escolhidos e identificar o que eles ajudariam os alunos a pensar sobre o campo aditivo. Para aprofundar a discussão sobre cada tipo, foi necessário fazer mais um encontro inteiramente dedicado a isso.

2º passo: Revisão individual do planejamento
A partir das conclusões, sentei com cada professor para ajustar o que eles propuseram inicialmente e acrescentar outros tipos de problema que não haviam sido anteriormente. Também combinei com todos um padrão na forma de tabular os resultados e dificuldades demonstrados pelos alunos durante a aplicação da atividade.

3º passo: Socialização da forma final da atividade
Para consolidar a proposta, voltamos à conversa coletiva para responder a três perguntas:
• O que de fato está assegurado em relação ao trabalho do campo aditivo?
• Que tipos de problema menos aparecem em sala de aula?
• Quais foram as maiores dificuldades da equipe na hora de escolher problemas diversos do campo aditivo?

4º passo: Aplicação em sala
Com tudo pronto, os professores foram para a classe para aplicar a avaliação diagnóstica e registrar tudo numa planilha de acompanhamento.

Ficou curioso para saber os resultados de todas essas reflexões? Como será que os alunos se saíram? Na próxima semana, conto como terminou esse trabalho e o que fizemos a partir dele.

E vocês, como planejam a avaliação diagnóstica de Matemática com a equipe?

Abraços,
Eduarda