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Como avaliar o trabalho desenvolvido no final do semestre

POR:
Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink

São várias as avaliações a serem efetuadas no final do 1º semestre. Porém, o mais importante é que teremos todo o 2º semestre (de agosto à novembro) para alcançarmos nossos objetivos. Ou seja, a avaliação de meio de ano permite rever metas e ajustar expectativas, assegurando as aprendizagens das crianças. Afinal, tudo pode ser melhorado e realinhado para que as turmas tenham o melhor aproveitamento possível e o nosso trabalho seja qualificado.

Vamos falar das atividades permanentes, projetos e sequências desenvolvidas nas salas de aula.  Essa análise tem dois focos, o primeiro é para servir de diagnóstico do que as crianças aprenderam e assim elaborar os do 2º semestre e o segundo é deixar registrado o que pode ser revisto para o próximo ano letivo.

Como organizar essa avaliação?

Há duas maneiras muito bacanas: uma delas é reunir-se apenas com os professores que atuam nas mesmas turmas e analisar cada um dos planejamentos. A outra é fazer uma reunião com o grupo todo para apresentar uns aos outros o trabalho desenvolvido para juntos revisarmos os encaminhamentos de cada eixo de conhecimento. Explicarei com exemplos da minha prática.

Avaliação por nível: reuni todos os professores que atuam com as turmas de 3 anos. Como nem todos trabalhavam no mesmo turno, fiz 2 reuniões de 1h30, uma de manhã e outra a tarde, realocando auxiliares e estagiários para ficarem na sala de aula.  Devido ao tempo curto, solicitei previamente que os professores estudassem cada planejamento e anotassem o que considerava passível de revisão, por que e qual seria a sugestão. Enviei um cronograma a todos que estipulava para o 1º encontro, a análise dos planejamentos de Identidade e Autonomia, Diversificado e Oralidade; no 2º seriam os planejamentos de  Movimento, Arte e Música.

Os professores trouxeram algumas sugestões, dentre elas a de rever o produto final do projeto “Fale e Encante”, de oralidade. A proposta desse projeto é aprender quadrinhas, memorizando-as para apresentar às outras salas e na reunião de pais. A colocação dos professores foi que algumas crianças ficaram ou tímidas ou empolgadas demais e não recitaram com naturalidade. A sugestão foi de filmar a turma recitando na sala de aula e utilizar esse vídeo na reunião.  Uma professora também sugeriu que ao invés de quadrinhas o trabalho fosse realizado com parlendas.  O grupo discutiu os dois pontos e achou conveniente a ideia da filmagem, mas manteriam as quadrinhas por que as parlendas já serão utilizadas na turma de 4 e de 5 anos.

Fizemos a mesma conversa com cada um dos planejamentos, anotando as sugestões para que no próximo ano letivo sejam incorporadas no momento da escrita deles.

Avaliação Longitudinal: as avaliações foram efetuadas com os professores de todos os níveis, no momento da formação.  No primeiro encontro, solicitei que os docentes se agrupassem, por nível, para organizar uma apresentação do trabalho desenvolvido de cada eixo de conhecimento e durante essa organização já discutissem entre si o que deveria ser mantido e o que precisaria ser revisto. Nos demais encontros estabelecemos que analisaríamos pelo menos 2 eixos a cada reunião, então no 1º dia abordaríamos Oralidade e Leitura e Escrita e depois Arte desde a turma de 2 anos até os de 5 anos. E assim sucessivamente.

Foi bem interessante. Houve muita reflexão quando foram analisadas as sequências e atividades permanentes de todos os níveis. No eixo de matemática, por exemplo, decidimos incluir mais atividades de recitação e contagem na turma de 4 anos, por sugestão dos professores de outras turmas.  Assim como na reunião por nível, as sugestões foram anotadas por mim, em cada um dos planejamentos e no próximo ano faríamos a alteração junto com os professores que atuarão.  Já as propostas para encaminhamentos para o 2º semestre foram anotadas pelos próprios professores já que logo no retorno do recesso de julho elaborarão os planejamentos.

E na sua escola, como você faz a avaliação dos projetos didáticos?

Um abraço,

Leninha