A professora Maria Aparecida Rodrigues Vasconcelos Caldeira e eu passamos a trabalhar juntas no planejamento das aulas. Foto: Arquivo pessoal/Eduarda Mayrink
Este post é um puxão de orelha – em você e em mim mesma!
A Educação Física é um componente curricular fundamental na formação dos alunos. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) definem a disciplina como a que “introduz e integra os alunos na cultura corporal do movimento, com finalidades de lazer, de expressão de sentimentos, afetos e emoções, de manutenção e melhoria da saúde”. Infelizmente, no entanto, muitas escolas fecham os olhos para isso – e nós, coordenadores, temos nossa fatia de responsabilidade.
Temos uma tendência em ver a Educação Física como uma simples atividade recreativa, sem maior importância. Pior: em algumas instituições, esses profissionais se sentem sozinhos. Não participam das reuniões de pais ou de conselho de classe e, às vezes, nem para as reuniões de planejamento são chamados. Já vi coordenadores dizendo que, como a área é “específica”, o professor já domina os conteúdos e não precisa de ajuda. Mas outros coordenadores não sabem planejar com os docentes e ainda dizem que desconhecem as atividades realizadas por esses profissionais. Sendo assim, poucas são as instituições que organizam formações em Educação Física. Nada mais equivocado!
Eu mesma, muitas vezes, recebia planejamentos dos professores dessa área, mas não tinha os conhecimentos necessários para saber se os conteúdos e estratégias selecionados estavam adequados ou não. Então, resolvi tomar coragem e enfrentar o desafio. Para minha surpresa, foi mais simples do que eu imaginava.
Na escola em que trabalho, a professora Maria Aparecida Rodrigues Vasconcelos Caldeira é a responsável pelas aulas de Educação Física do Ensino Fundamental I. Bastou que eu propusesse um diálogo para que a relação passasse a fluir com ela da mesma forma que com qualquer outro professor.
O primeiro passo foi perder a vergonha de perguntar. Questionei sobre os objetivos em relação ao conteúdo trabalhado, as habilidades que estavam em jogo em cada atividade etc.
A partir daí, empreendi um esforço para valorizar a disciplina e aproximar a professora Maria Aparecida da equipe de gestão. Passamos a incluí-la em todas as reuniões de formação realizadas. Além disso, propusemos que ela participasse das reuniões de pais, apresentando os objetivos da disciplina e conscientizando os responsáveis pelos alunos sobre a importância dela – que ainda é vista, por muitas famílias, como algo opcional.
Aos poucos, fui aprendendo mais sobre a área com a professora, e ela também tem se beneficiado das formações cotidianas, como todos os outros docentes da equipe.
E você, coordenador, acompanha de perto a disciplina de Educação Física na sua escola? Deixe seu comentário!
Abraços,
Eduarda.