Já é um clássico. Em todo recesso ou início de semestre, a oferta de seminários, palestras, cursos e oficinas para os educadores, especialmente os professores, aumenta significativamente. Redes de ensino público, faculdades e outras organizações oferecem boas oportunidades para aprender coisas novas e desenvolver nossa prática. Porém, cada um tem suas peculiaridades e é necessário levá-las em conta para escolher o que melhor se encaixa às nossas necessidades, à nossa disposição e ao nosso momento na docência.
Por isso, listei todos os tipos de formação dos quais já participei e contei um pouco da minha experiência e aproveitamento em cada um deles. Acredito que você também possa utilizar os exemplos abaixo para orientar os professores da equipe que você coordena na hora de escolher o que e como estudar neste período do ano.
Palestras
Apesar de, em geral, esses momentos possibilitarem pouca interação com o palestrante, sempre fico com um gostinho de quero mais quando escuto um especialista falar sobre um assunto sobre o qual me interesso. Percebo que, quando mais específico é o tema da palestra, maior é a capacidade de fisgar minha atenção.
O palestrante precisa ser competente e trazer contribuições tanto sobre o ensino e a aprendizagem quanto sobre a didática ou conteúdo tratado em sala de aula. Já foi o tempo – ou deveria ter saído de moda – no qual celebridades traziam falas prontas, com viés motivacional ou cômico. Eles até podiam descontrair o público e agradar muitos professores, mas o impacto na aprendizagem dos alunos era zero.
Me lembro de participar de uma palestra sobre leitura com a pesquisadora argentina Mirta Castedo. Depois daquele encontro, um mundo se abriu para mim. Fui atrás de seus livros e textos, compartilhei com os professores, levei para a formação continuada e, na escola em que trabalhava, passamos a investir em situações de leitura para as crianças com muito mais propriedade.
Seminários
Nesse caso, temos uma gama de opções, entre elas mesas redondas ou painéis. Em geral, esses eventos são direcionados a um público menor e têm um tema mais focado, o que aumenta as chances do encontro atender as nossas expectativas.
Cursos
São voltados para quem quer dedicar mais tempo a um assunto. Durante um período determinado, estudamos situações didáticas, refletimos e discutimos com profissionais de outras escolas. Por conta do nível de profundidade e tempo para a reflexão, essa é a modalidade que mais impacta na nossa prática.
Oficinas
Acho uma delícia participar de um momento como esse. Essa é a modalidade na qual mais me sinto aluna. De duração mais curta e voltada para a prática, uma oficina promove o trabalho ativa dos participantes e costuma resultar num produto final.
Seja uma decisão da Secretaria de Educação, nossa ou do professor, o critério de seleção de uma palestra, de um curso, de uma oficina ou de um seminário deve ser o potencial de ampliação dos conhecimentos que desenvolvam o nosso fazer e o impacto que isso pode gerar aprendizagem dos alunos.
Espero que tenham gostado do post de hoje! E, se tiverem algo para compartilhar, escrevam nos comentários abaixo.
Aproveitando que estamos falando de formação, quero convidá-los para assistir à conversa que terei com a Mara Mansani, do Blog de Alfabetização, na próxima terça-feira, 26 de julho, às 14h. Falaremos sobre os desafios da alfabetização para o professor e para a coordenação pedagógica. Será um momento muito rico de troca de experiências. Para saber mais e enviar suas perguntas, acesse o evento que criamos no Facebook (clique no link) e confirme sua participação. O papo será ao vivo. Nos vemos lá!
Um abraço,
Leninha