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O que abordar nas primeiras reuniões formativas do ano

POR:
Muriele Massucato

Olá, colegas,

Estamos todos iniciando o ano letivo e, neste momento, os coordenadores pedagógicos planejam as primeiras reuniões formativas. Esses encontros visam o estudo coletivo em horário de trabalho, a formação continuada e alinhamento das concepções e combinados entre a equipe docente. Com tantos assuntos a serem tratados, não é de se estranhar que as expectativas sejam grandes. Mas por onde começar?

Pautada na minha prática, recomendo que, antes de qualquer coisa, seja dada voz aos professores para saber o que esperam destas reuniões. É muito interessante fazer o levantamento das necessidades formativas, solicitando que a equipe se autoavalie e identifique as necessidades de estudo. Costumo pedir essas informações por escrito para consultá-las durante o ano e verificar o que já foi contemplado. Por mais planos e ideias que possam estar borbulhando nas nossas cabeças, é importante respeitar aquilo que os profissionais buscam nestas formações, caso contrário, a adesão às propostas pode ser comprometida.

Outra dica que eu compartilho com vocês é estabelecer combinados para o sucesso destas reuniões. Na escola onde trabalho, as primeiras horas de trabalho pedagógico coletivo (HTPC) partiram daí. Fizemos o “contrato didático do HTPC” de maneira simples, mas funcional: projetamos uma tela no laboratório de informática em que iam aparecendo os combinados estabelecidos. O mesmo pode ser feito em cartazes. Eu e a outra coordenadora não levamos nada pronto, pois, embora tivéssemos algumas ideias, queríamos ouvir os educadores. Foi muito bacana perceber que eles apresentaram sugestões semelhantes às nossas, o que nos leva a perceber que, de fato, aspectos como a participação efetiva de todos e a não utilização de celular e computador se não estiverem associados à formação são essenciais. Após fecharmos essas regras, imprimiremos nosso contrato didático, que estará afixado nos espaços onde as reuniões acontecem: laboratório de informática, sala dos professores e biblioteca.

Também já acordamos com a equipe um pouco sobre o formato dos nossos encontros, que serão iniciados com uma indicação literária para ampliação do repertório dos profissionais. Em cada encontro, um professor ficará responsável pela sugestão de leitura e confecção da ata do dia. Os registros serão sempre retomados no encontro posterior para darmos sequência ao trabalho.

Ao longo das formações também estamos planejando socializações de boas práticas, garantindo o protagonismo dos docentes. Mas, neste momento, eu mesma fiz a indicação para exemplificar e encorajar a equipe. Compartilhei o livro Pó de Lua – para diminuir a gravidade das coisas (192 páginas, 34,90 reais), da pernambucana Clarice Freire, que brinca com palavras e ilustrações, poetizando sobre as mais diversas situações. É lindo!

Aliás, aproveito também para deixar aqui a dica a vocês. Vale a pena conferir o trabalho desta autora. Olha como um de seus textos tem tudo a ver com a formação:

 

Após estes momentos iniciais de leitura, daremos sempre os informes necessários e seguiremos para a parte formativa. Por fim, no último horário, deixaremos os professores à vontade para a troca de informações e compartilhamento de atividades e ideias para o planejamento semanal. Neste momento, eu e a outra coordenadora estaremos juntas nos grupos, acompanhando as discussões.

Ainda ficou acordado que as pautas dos HTPC trarão sempre informações a respeito do próximo encontro, ou seja, anteciparemos os assuntos principais das próximas reuniões e os responsáveis pela indicação literária, para melhor organização da equipe. Ainda aparecerão sempre também os combinados e objetivos do encontro. Veja um modelo aqui.

E vocês colegas, como estão organizando as primeiras reuniões formativas?  Vamos trocar ideias a respeito?  Um abraço e até a próxima,

Muriele Massucato