O Dia Internacional da Mulher e a escola
POR: Joelma Souza
Muitas mulheres são destaques em suas áreas de atuação e estão envolvidas nos principais debates públicos. Mesmo assim, é inegável que elas ainda estão para trás na disputa por espaço, voz e igualdade na sociedade. A Educação – uma área em que, no Brasil, elas são maioria entre os profissionais – é um dos melhores caminhos para mudar esse cenário. Por isso, é preciso potencializar as práticas educativas que favorecem a harmonia entre todos com respeito e parceria, propondo a reflexão sobre os papéis atribuídos a cada gênero e promovendo ações mais igualitárias para as próximas gerações. Não só no dia 8 de março, mas durante todo o ano.
Algumas práticas contribuem significativamente para ampliar a discussão e a aceitação da mudança de mentalidade de nossos jovens para uma sociedade mais justa. Inúmeras atividades podem ser desenvolvidas de acordo com a faixa etária dos alunos, sem deixar de lado os conhecimentos que a serem desenvolvidos de acordo com a proposta de cada área, respeitando o tempo didático e a agenda de cada professor.
Uma opção é desmistificar comportamentos e práticas sexistas que podem ser encontrados dentro e fora da escola. Além de fomentar a discussão sobre a participação e valorização da mulher nos diferentes espaços da sociedade, as atividades devem mostrar que meninos e meninas têm condições de desenvolver bem as mesmas ações e habilidades. Os desdobramentos do tema podem estar conectados a discussões recentes que apareceram na escola ou sala de aula, serem pautados por algo que tenha saído na mídia (como notícia, filme ou livro) ou levantados de acordo com o interesse da turma. Algumas abordagens possíveis são a participação e valorização da mulher nos dias de hoje, o mercado de trabalho, as mulheres que mudaram a história e desconstruções como “existe brincadeira ou esporte de menino e de menina?”.
As propostas também podem ser trabalhadas transversalmente, abordando os temas do ponto de vista histórico, sociológico, religioso, científico e artístico, por exemplo. Os momentos podem se consolidar a partir de rodas de conversa, análise de textos, mesa redonda, apresentação de seminários ou momentos culturais com cada série, desenvolvendo uma atividade diferente dentro das artes.
Para que o assunto não se perca nos outros dias do ano, além da possibilidade de desenvolvimento em sala de aula, a igualdade de gênero pode ser tema de projeto institucional, envolvendo os funcionários. Você pode conferir um modelo para inspirar a sua escola aqui.
E você, querido amigo diretor, como tem fomentado essa discussão dentro do espaço escolar? É sempre de grande importância sua contribuição nesta rede de socialização de boas práticas.
Um abraço e até semana que vem,
Joelma
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