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Apenas 1% dos gestores brasileiros nunca deu aula

O dado é do questionário da Prova Brasil 2015, respondido por 52.341 diretores. Conheça o perfil desses profissionais

POR:
Laís Semis

Manter a escola funcionando bem, com contas pagas, ambientes limpos, professores bem formados com materiais para trabalhar, comunidade participando e, sobretudo, alunos aprendendo são responsabilidades do diretor. É bastante coisa para dar conta, mas boa parte dos gestores brasileiros já tem experiência no assunto. 51% deles trabalham na área da Educação há mais de 20 anos e apenas 1% nunca trabalhou como docente antes de assumir a gestão. Os dados, divulgados pela plataforma QEdu nesta segunda-feira (20/3), são resultado dos questionários da Prova Brasil 2015, respondidos por 52.341 diretores sobre diversos temas, como problemas que afetam a escola, recursos humanos e financeiros, acessibilidade, formação e experiência.

Com base nos dados, GESTÃO ESCOLAR investigou o perfil de quem encara a direção das escolas brasileiras e descobriu que a gestão é dominada por mulheres (apenas 20% dos diretores são homens) e que maioria dos profissionais que atuam nesse cargo (43%) tem entre 40 e 49 anos. Quase metade deles (47%) se declara branco. Apenas 8% são negros.

O tempo de permanência no posto varia bastante: 32% dos nossos diretores estão no cargo de três a cinco anos, 21% de seis a dez e 7% estão há mais de 16 anos. Dos 52.341 profissionais que responderam ao questionário, 26% exerce outra atividade para complementar a renda – 6% deles trabalham com uma atividade que não tem relação com a Educação.

No que diz respeito à formação, 44% das diretoras e diretores cursaram Pedagogia e 43% fizeram licenciaturas. As faculdades privadas são responsáveis pela formação de 60% dessa população, as públicas, por 38%. Os outros 2% não concluíram o Ensino Superior. A modalidade presencial foi a mais cursada por esses profissionais (81%).

A continuação dos estudos no cargo é realidade para boa parte dos que assumem a função – 75% fizeram cursos de especialização e 3% têm mestrado. No entanto, para 7% dos diretores, as atividades de desenvolvimento profissional não tiveram impacto real na prática e, para 14%, tiveram impacto pequeno. Os preços dos cursos, os conflitos com horários de trabalho, a falta de tempo e de oferta na área de interessante aparecem como principais barreiras para o aumento do investimento em formação.

Explore outras informações sobre gestão, professores e alunos no site QEdu.