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Quatro dicas essenciais para o atendimento à comunidade

POR:
Muriele Massucato

Olá colegas,

Todos nós sabemos da importância do vínculo com as famílias dos nossos alunos. Afinal, sem uma relação de parceria fica difícil engajá-los a se envolver com a vida escolar dos filhos. Para o fortalecimento deste vínculo, é essencial organizarmos bons momentos de atendimento à comunidade, pois temos a oportunidade de demonstrar a concepção da escola, organização, princípios e diretrizes que fundamentam o nosso trabalho.  Para tanto, compartilho aqui quatro dicas para contribuir no planejamento e organização destes encontros:

  1. Garantir que a comunidade seja bem tratada por todos os funcionários:
    O atendimento das famílias começa desde a chegada dos responsáveis à escola, quando são recepcionados na portaria ou secretaria, por exemplo, e não somente quando estão com a equipe pedagógica. Neste sentido, a concepção que fundamenta este acolhimento precisa ser a mesma para toda equipe escolar e coerente ao Projeto Político Pedagógico da unidade. Se prevemos o acesso da comunidade escolar à instituição, não podemos agir de maneira contrária. Assim sendo, professores e demais funcionários precisam saber a melhor forma de receber as famílias, evitando contratempos. A equipe gestora precisa estar atenta a isto e sempre que observar problemas, investir em formações para alinhamento de algumas posturas.
  1. Escutar atentamente as famílias mesmo discordando delas:
    Muitas vezes o teor dos atendimentos é um tanto “polêmico”, pois nem sempre estamos de pleno acordo com aquilo que os pais relatam sobre a escola ou sobre os nossos profissionais. Porém, devemos agir com profissionalismo, sempre ouvindo primeiro e acolhendo para, em um segundo momento, apresentar bons argumentos que oportunizem a família refletir sobre o que relataram. Nós, gestores, precisamos ainda ser sensíveis para identificar se cabe um contra-argumento na mesma reunião ou se é mais adequado obtermos novas informações do caso para conversar novamente na próxima oportunidade. Quando for necessário, também é interessante refletir sobre a participação de outros profissionais na conversa. Por exemplo: no caso de uma queixa da dinâmica em sala de aula, é importante também ouvir o professor responsável que poderá, inclusive, apresentar motivos que justifiquem a situação nem sempre compreendida prontamente pelos adultos.
  1. Documentar os atendimentos:
    O número de famílias que atendemos em uma escola costuma ser grande e não conseguimos guardar tudo somente na memória. Além disso, os profissionais se alteram e o percurso destes atendimentos pode ficar perdido com estas mudanças. Portanto, o ideal é organizar registros destes momentos. Na escola, usamos fichas de atendimento (veja nosso modelo aqui), pois nos permite a organização destes documentos em uma pasta classificada por turma. A ideia é, ao final do ano letivo, guardá-los no prontuário das crianças. Em outra escola que trabalhei, tive a experiência de catalogar os atendimentos que tivemos por um período de tempo para discutir com a equipe. Utilizamos as informações para melhorarmos a organização da escola. Foi muito interessante!
  1. Não julgar as famílias durante o atendimento:
    Por fim, para o estabelecimento de uma parceria efetiva, não nos compete julgar ou agir com preconceitos com os pais e responsáveis. Respeitar as diferentes formas de organização e composição das famílias também é fundamental. Durante uma conversa, a orientação deve ser cuidadosa para não invadir o espaço das famílias. Compete a nós, equipe escolar, orientarmos tão somente naquilo que se reflete na escola e buscarmos assistências ou órgãos competentes (Assistência social, Conselho Tutelar) em casos que requererem maior necessidade.

E vocês, colegas, como organizam estes momentos de atendimentos à comunidade na sua escola? Vamos trocar sugestões?

Um abraço,

Muriele