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O resultado das avaliações aponta caminhos para a formação docente

Planilha com dados comparativos fornece informações concretas sobre as necessidades de aprendizagem dos professores

POR:
Eduarda Diniz Mayrink

A formação é uma estratégia para a conquista da Educação de qualidade e o investimento nesse aspecto faz com que as unidades escolares sejam espaços de permanente reflexão sobre a prática. Com esse foco, a equipe de coordenadores pedagógicos de Rio Piracicaba, onde trabalho, tem participado de encontros quinzenais para estudos, tematizações, planejamentos e análise da prática. Nosso papel   é ser formador de professores, um parceiro mais experiente que também possui responsabilidade pelas aprendizagens e necessidades das crianças, ajudando o professor a melhorar cada vez mais sua prática.  Nessa função, precisamos elaborar um plano e muitos coordenadores se perguntam:  como levantar os conteúdos? Como detectar as necessidades dos docentes?  Qual é o papel dos coordenadores nesse processo?

Além do trabalho que iniciamos sobre a Base Nacional Curricular Comum, notamos que o resultado obtido pelas crianças durantes a avaliação oferece dados concretos que indicam necessidades de aprendizagens dos professores para desenvolverem conteúdos com os alunos.  Neste semestre, unimos as informações das atividades diagnósticas em comparação com as provas bimestrais e detectamos uma defasagem em operações matemáticas e produção textual. Os alunos apresentaram problemas tanto na interpretação dos enunciados como na efetuação das contas, assim como em aspectos notacionais (estrutura, parágrafo, uso da pontuação, ortografia) e discursivos (gênero produzido, linguagem, características, coesão referencial e sequencial) em suas produções textuais. Para visualizar os resultados, criamos uma planilha comparativa de todas as turmas do 1º ao 5º ano preenchida pelos próprios docentes com os resultados das avaliações e o que estava sendo cobrado em cada uma delas.

Por essa razão, decidimos levar os resultados para serem discutidos na próxima reunião com docentes. A ideia é, com base nessa primeira análise, planejarmos encontros reflexivos, formativos e desafiadores. Para nos ajudar a criar o plano de formação, a equipe da secretaria de Educação analisou junto com a gente nas escolas os dados levantados. Fizemos questionamentos como: Como se dá a evolução do ensino das operações por ano de escolaridade? O que os professores sabem os tipos de problemas do campo aditivo? O que pensam sobre o ensino do campo aditivo ao longo das séries? Os alunos têm produzido textos com frequência? As intervenções têm sido produtivas? O resultado dessa análise será tematizado no nosso próximo encontro de formação no qual construiremos nosso plano de formação em rede que será desmembrado em cada unidade escolar.

Para realizar um bom encontro de formação, não basta ter uma pauta pronta, é preciso conhecer bem as necessidades locais, elaborar a proposta adequada às reais necessidades das crianças e dos professores, saber trabalhá-la autonomamente, buscar sempre uma reflexão sobre a prática. Cada coordenador levará suas observações e o levantamento de dados nos trará quais são os conteúdos específicos de cada unidade e quais são os mesmo que podem ser trabalhados em rede. Vale lembrar que os resultados nunca devem ser a única fonte de dados. É preciso verificar práticas de sala de aula, portfolio e ouvir os educadores. O estudo sistemático sobre a prática é condição básica para que as transformações ocorram. A socialização dos levantamentos com a equipe da rede nos traz conteúdos comuns que podem ser compartilhados para podermos pensar em estratégias coletivas e em parceria.

E vocês coordenadores o que levam em conta para elaborar um plano de formação?

Um abraço e até a próxima semana.

 Eduarda