Eleições: reflexão, sim. Propaganda, não!
Em ano de eleições, descubra como estimular a conscientização política sem correr o risco de transformar a escola em palanque
POR: Ocimara BalmantEm breve, os brasileiros vão eleger os prefeitos e vereadores que representarão os municípios nos próximos quatro anos. Os nomes dos candidatos certamente serão citados nas conversas de corredor e é preciso tomar cuidado para evitar que alguns deles tentem aproveitar o espaço escolar para fazer campanha eleitoral. "A escola tem função educativa, e não eleitoreira. Ela não pode servir como local de divulgação ou manipulação dos projetos políticos", diz Silvia Colello, professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP).
A atualidade do assunto é uma oportunidade para orientar os professores a trabalhar com os alunos a importância das eleições e incentivar a discussão sobre temas como as formas que a sociedade civil tem de participar na proposição e cobrança das ações do executivo e do legislativo. Nos municípios da região da Chapada Diamantina, no interior da Bahia, por exemplo, os candidatos à prefeitura são convidados a participar de um debate para discutir as principais demandas de Educação levantadas pelas escolas. Na ocasião, eles assinam um termo no qual se comprometem a executar as propostas caso sejam eleitos. Durante o mandato, uma comissão, que conta com pais de alunos e professores, avalia o cumprimento das diretrizes estabelecidas. Ao mesmo tempo, cartazes afixados pela cidade ajudam a comunidade a acompanhar o trabalho. "É preciso fomentar o debate, a consciência crítica e a postura cidadã, focando sempre a aprendizagem", afirma Elisabete Regina Monteiro, formadora do Instituto Chapada de Educação e Pesquisa (Icep), que promove essa ação.
Para que você, gestor, oriente sua equipe e se previna de eventuais armadilhas nesse período, elaboramos um pôster de condutas éticas, que pode ser destacado e colado em local visível. Confira-o.