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Como o trabalho cooperativo melhora o clima escolar

Entenda o que a equipe gestora pode fazer para favorecer o convívio entre as pessoas e garantir aprendizagem

POR:
Larissa Teixeira
Foto: Getty Images

O clima escolar está relacionado a como os atores da comunidade escolar enxergam a instituição e como se relacionam uns com os outros - e é um dos principais responsáveis por influenciar o processo de ensino e aprendizagem.

A infraestrutura, o convívio entre as pessoas, a segurança, o engajamento, a motivação dos docentes e a democracia na gestão são fatores que afetam o ambiente de uma instituição. Mas o que a equipe gestora pode fazer para melhorar o clima das escolas, que muitas vezes estão inseridas em realidades muito complexas ou mesmo em áreas de alta vulnerabilidade?

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Em conversa com NOVA ESCOLA, Bárbara Dias e Bruno Cavalcante, da consultoria educacional Evoluir, especialista em desenvolver e aplicar novos processos de aprendizagem, indicaram algumas ações que podem ajudar a transformar a convivência na escola. Segundo eles, o mais importante é que todos os projetos sejam realizados de forma coletiva, envolvendo as perspectivas de alunos, professores, gestores, funcionários e famílias.

Confira abaixo o que pode ser feito para melhorar o clima escolar:

Bruno Cavalcante e Barbara Dias em entrevista à Nova Escola
Bruno Cavalcante e Bárbara Dias, da consultoria educacional Evoluir Foto: Nova Escola

- Diagnóstico sobre os desafios e potencialidades da instituição. Antes de iniciar qualquer projeto ou intervenção, é preciso realizar um diagnóstico participativo que envolva toda a comunidade e abarque diferentes percepções sobre a realidade. Para auxiliar as escolas nesse processo, o Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral (GEPEM), da Unicamp, disponibiliza em seu site três instrumentos de medidas para avaliar o clima escolar, na perspectiva de alunos, professores e gestores. O manual de orientação para a aplicação dos questionários pode ser acessado neste link.

- Gestão democrática, participação da comunidade e autonomia dos alunos. Para que reflita a realidade do local em que a escola está inserida e para que todos se sintam representados, é fundamental que todas as ações sejam pensadas coletivamente - o que também inclui as famílias e a comunidade do entorno. Além disso, é muito importante que os estudantes sejam sujeitos ativos nesse processo e contribuam com ideias e sugestões do que a escola pode fazer para melhorar. A criação de uma horta coletiva, a pintura de um muro ou um projeto de combate ao bullying, por exemplo, podem partir das próprias crianças.

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- Trabalho com educação moral e competências socioemocionais. Um processo participativo permite a pluralidade de pensamentos e pontos de vistas. Neste sentido, o investimento em práticas de Educação moral, ética, cidadania e habilidades socioemocionais contribui para que todos aprendam a conviver com a diversidade de um modo mais natural.

- Criação de um plano de ação coletivo. Após o diagnóstico dos desafios e a identificação das principais potencialidades dos alunos e da instituição, a equipe gestora pode, com o apoio de toda a comunidade, construir um plano de ação para tirar as ideias do papel. Esse plano deve durar pelo menos um ano e conter objetivos e metas de onde a escola quer chegar, levando em conta a opinião de todos os atores envolvidos.

Veja aqui o vídeo completo