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Formação continuada para a BNCC

Orientações pedagógicas são essenciais para garantir a implementação do documento na escola

Crédito: Getty Images

Embora a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) esteja chegando nas escolas de Educação Infantil e Ensino Fundamental até o início do ano letivo de 2020, o desafio ainda está longe de terminar. “A formação do educador é o que fará com que o currículo se concretize na sala de aula”, disse Kátia Stocco Smole, diretora do Instituto Reúna durante o evento "Construção da Proposta Curricular no Território do Rio de Janeiro”, da Fundação Getulio Vargas (FGV-RJ).

Ter orientações pedagógicas neste momento é essencial para que o documento seja implementado na prática. “[No entanto], o foco das formações não deve ser pedir pros educadores lerem a Base ou o currículo exaustivamente”, disse Kátia. Para ela, é preciso usar diferentes estratégias ao explorar a transposição do currículo para a prática para que a formação se reverbere na sala de aula. “A publicação 'Formação Continuada de Professores: contribuições da literatura baseada em evidências', elaborada pela Fundação Carlos Chagas, analisou a eficiência da formação continuada. Estão citados os seguintes caminhos: foco no conhecimento pedagógico, participação coletiva, duração prolongada, métodos ativos de aprendizagem e coerência”.

Quem define as prioridades e os focos dados às formações é a rede. Nesse cenário, Kátia elencou algumas questões para considerar na hora de organizar as formações. “É preciso saber onde exatamente queremos chegar, com quem, como, em quanto tempo e com quais recursos. Ao chamar um parceiro para realizar formações, portanto, esse plano precisa ser explicitado. O processo pode durar um período longo e precisa ser constante, já que demandará recursos e será desdobrado em projetos pedagógicos e planejamento”.

Para Kátia, também é importante planejar o acompanhamento da formação, considerando quais os resultados esperados. A especialista considera que as inovações que a BNCC traz devem ser levadas em conta no momento de planejamento da formação do educador. Além disso, Kátia destacou, que as formações devem olhar para:

- Articulação entre as etapas, com o desenvolvimento da pessoa planejado como um projeto de futuro, considerando como o indivíduo entra na Educação Infantil e termina na Educação Básica;
- Nova organização da Educação Infantil, considerando também as competências gerais e desenvolvimento integral;
- Ideia de progressão das aprendizagens. Os conceitos, habilidades e procedimentos que são objeto de conhecimento aparecem ao longo de toda a escola, mas evoluem na exigência cognitiva que se coloca em cada etapa;
- Linhas metodológicas pautadas em métodos ativos de aprendizagem;
- Forma de avaliação da aprendizagem;
- Fatores de integração entre os componentes.

*Este texto foi publicado originalmente na plataforma Conviva Educação e adaptado para o site de NOVA ESCOLA GESTÃO
Conviva Educação é uma iniciativa da Undime e 13 instituições criada em 2013 para apoiar os Dirigentes Municipais de Educação no trabalho cotidiano. Há conteúdos, ferramentas e áreas de trocas de experiências disponibilizadas gratuitamente.