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Formação de Nova Escola prepara gestores para mudanças da BNCC

Evento em São Paulo promoveu diálogo entre as secretarias de Educação sobre aplicação do documento nacional

POR:
Camila Cecílio
Crédito: Tamires América

Gestores de 15 municípios paulistas participaram do café pedagógico promovido por NOVA ESCOLA, em São Paulo, para promover o diálogo entre as secretarias de Educação, compartilhar conhecimentos e vivenciar um momento formativo em torno da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A coordenadora de Formação Raissa Pascoal e a gerente pedagógica Ana Lígia Scachetti, ambas de NOVA ESCOLA, conduziram uma formação sobre a Implementação do Currículo e Planejamento de Aula no Ensino Fundamental. 

Com duração de quatro horas, a formação contou com três atividades práticas, discussões sobre o que considerar na elaboração dos planos de aula e troca de experiências entre os secretários e gestores. “O ponto principal das formações de NOVA ESCOLA é que elas estão sempre alinhadas ao que preconiza a BNCC, de modo que trabalhamos no contexto das Competências Gerais e específicas, habilidades, no caso do Ensino Fundamental e Ensino Médio, e Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento e Campos de Experiência, no caso da Educação Infantil”, conta Raissa Pascoal. 

As formações são construídas com base nos desafios enfrentados pelas redes para implementação dos currículos alinhados à BNCC e para que possam ter impacto direto nas práticas dos profissionais daquele município específico, conforme explica a coordenadora. "Quando pensamos na formação, pensamos em objetivos claros que precisam ser atingidos com as pessoas que estão participando. Compartilhar esses objetivos é um pacto com a turma para todos conseguirem avaliar se realmente conseguimos atingir a finalidade por meio das atividades propostas. Com uma ação como essa, queremos incentivar práticas semelhantes dos professores com seus alunos. Isso é o que chamamos de homologia de processos", diz Raissa.

Sandra Regina de Almeida Moura, professora e secretária de Educação de Tarumã (460 km de São Paulo), participou dessa e de outras formações promovidas por NOVA ESCOLA e conta que, ao olhar para o currículo, muitas vezes o gestor não sabe por onde começar. É nessa hora, segundo a educadora, que a formação se faz imprescindível. 

“NOVA ESCOLA trouxe uma linha de raciocínio organizada, de modo que o gestor tem condições de ir à escola e fazer esse trabalho com toda a equipe de professores, funcionários e a comunidade local, por meio de boas práticas que a secretaria deve adotar”, afirma Sandra. “Foi uma contribuição muito grande para a nossa equipe, especialmente por conta desse momento de reformulação dos documentos”, completa.

Cristiana Mercadante Esper Berthoud, secretária de Educação de Tremembé (133 km de São Paulo), participou da formação com dois coordenadores da rede e disse que a experiência vivida é exatamente a que querem levar para os professores do município. “Assim como vimos na formação, também adotamos a homologia de processos, e a NOVA ESCOLA tem contribuído muito com esse momento, traduzindo de forma simples assuntos complexos”. 

Crédito: Tamires América

A secretária destaca que a Base trouxe a oportunidade de mudar a Educação no Brasil. Para ela, não é simplesmente construir o novo currículo, mas sim mudar a forma de fazer. “As atividades que fizemos aqui indicaram de forma simples e profunda como é possível fazer isso.  Por exemplo, um professor ensina sobre higiene e passa um conteúdo. Mas, como fazer isso de um jeito diferente para desenvolver uma habilidade e gerar uma competência? É complexo, mas se começarmos a ver pequenos exemplos isso vai se tornando realidade”, reforça. 

Presidente da União dos Dirigentes Municipais da Educação do Estado de São Paulo (Undime-SP), Márcia Bernardes diz que o país vive um momento crucial de mudanças de paradigmas e de postura na Educação. Isso se vê, de acordo com ela, especialmente na forma de encarar os currículos estaduais e agora os municipais. “Muitas vezes saímos da formação com mais perguntas do que quando chegamos, mas acredito que o propósito é justamente para refletirmos a respeito dessa forma, desse novo currículo, dessa nova BNCC e como isso vai impactar em sala de aula”, defende. 

O maior desafio de todo esse processo, segundo Márcia, é a formação do professor. “Esse movimento que NOVA ESCOLA tem feito, desde o momento da elaboração dos planos de aula, contribui muito na sala de aula, onde acredito que teremos a maior dificuldade de fazer acontecer”, pontua. A educadora reforça que “precisamos mostrar a importância de trabalhar as habilidades e deixar de ser conteudista”, caminho mais trabalhoso, mas com melhores resultados, segundo ela. 

Cristiana Berthoud concorda e acrescenta que “fomos ensinados como educador que ser competente era ser o foco, a pessoa mais importante da sala de aula” e, com as mudanças previstas na BNCC, é preciso abdicar desse papel. Ela diz que aquilo que aparentemente será uma posição de menor importância, na verdade, será o contrário: quanto menos o professor aparecer em sala de aula, mais competente ele será. 

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