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Excesso de procura por matrículas

Para dar conta da demanda, é válido atualizar as vagas disponíveis e indicar escola próximas

POR:
Karina Padial
Para dar conta da demanda, é válido atualizar as vagas disponíveis e indicar escolas próximas. Ilustração: Daniel Bueno

Todo início de ano, o cenário se repete: as escolas com melhores resultados, localizadas em áreas de fácil acesso e sem violência no entorno têm mais interessados em lá estudar do que vagas a oferecer. O gargalo acontece, principalmente, no início de cada segmento, quando o aluno costuma trocar de instituição, se aquela que ele frequenta não oferece o nível de ensino seguinte. Isso faz com que muitos pais realizem uma peregrinação em busca de um lugar para os filhos estudarem, o que os leva, inclusive, a unidades distantes de casa.

São poucas as Secretarias de Educação que contam com um sistema informatizado e conseguem distribuir de forma equilibrada as matrículas entre suas escolas. E a maioria das que dispõem dessa facilidade a limita ao 6º ano do Ensino Fundamental e ao 1º do Ensino Médio.

Fica, assim, a critério do diretor decidir a melhor forma de lidar com o excesso de demanda. "Criar uma lista de espera e contatar escolas próximas para saber se há vagas são iniciativas válidas", diz Claudia Marques, diretora de Matrícula e Estatísticas Escolares da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro. A seguir, quatro sugestões que podem ajudar você, gestor, a lidar com a situação.

1 Informar o número de vagas

Divulgar aos pais, durante o ato de inscrição, quantas vagas a escola dispõe para novos alunos dá transparência e credibilidade ao processo. Para levantar esses dados, deve ser levado em conta o número de reprovados e dos transferidos, bem como a capacidade de cada sala de aula - sempre observando o limite máximo de alunos por classe definido pela Secretaria de Educação. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), cada rede pode determinar essa quantidade até que o Projeto de Lei Nº 504/2011 seja definitivamente aprovado pelo Congresso Nacional. O novo texto determina o máximo de 25 crianças por classe na pré-escola e no 1º e no 2º ano do Ensino Fundamental e de 35 nos demais. Nos casos em que a matrícula é realizada pela Secretaria, as informações da escola terão de ser passadas nas datas previamente definidas.


2 Recomendar outras escolas

Uma maneira de ajudar a família do aluno que não conseguiu a matrícula é informar telefone e endereço de escolas próximas. Para tanto, vale manter contato com elas, bem como com a Secretaria de Educação, para se informar se há um levantamento centralizado das instituições que ainda dispõem de lugar. A diretora Marisa Bento de Moura Ochiucci, da EM Amanda Carneiro Teixeira, em Uberlândia, a 556 quilômetros de Belo Horizonte, se comunica com frequência com sua colega da EM Professor Otávio Batista Coelho Filho, localizada no mesmo bairro, para acompanhar a movimentação: "Às vezes, temos vaga em uma turma que a outra escola não tem, e vice-versa. Por isso estamos sempre trocando informações".


3 Organizar uma lista de espera

Mesmo depois de encerrado o período de inscrição, é comum que os pais insistam em querer matricular os filhos em determinada unidade. A escola pode, então, elaborar uma lista de espera para o caso de futuras desistências. A fim de manter a transparência do processo, é indicado fixá-la em local visível para o acompanhamento da comunidade. Importante também deixar claro o critério que será usado para o preenchimento das vagas: pode ser a idade do candidato, a proximidade da residência, ordem de chegada e, em alguns locais, a presença de irmãos matriculados. Há instituições que levam em conta ainda outros fatores, como a existência de algum tipo de deficiência no aluno ou nos pais. Na rede de ensino de Uberlândia, por exemplo, esse é o primeiro ponto observado. Lá, entende-se que o deslocamento é uma dificuldade para essas pessoas, por isso elas têm preferência para escolher a escola de melhor acesso.


4 Manter o cadastro atualizado

Pedidos de transferência e desistência de matrícula podem levar ao surgimento de novas vagas durante o ano. Por isso, é importante a equipe gestora ficar atenta a essa movimentação para atender quem está na lista de espera. O procedimento deve ser feito regularmente, mesmo com toda a demanda atendida. Sérgio Eugênio da Silva, diretor do CE Central do Brasil, no Rio de Janeiro, orienta os pais a voltar à instituição a cada bimestre, quando é feita a revisão das matrículas: "Sempre há a possibilidade de abrir novas matrículas, já que frequentemente algum estudante deixa a instituição por motivo de mudança de bairro ou cidade". Dessa forma, a escola consegue, ao longo do ano, manter o atendimento em sua capacidade máxima, que é de 400 vagas para os três turnos do 1º ano do Ensino Médio.

Quer saber mais?

CONTATOS
CE Central do Brasil, tel. (21) 2334-8849
EM Amanda Carneiro Teixeira, tel. (34) 3232-0701 

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