Ir ao conteúdo principal Ir ao menu Principal Ir ao menu de Guias
Notícias
5 4 3 2 1

Comunicação inclusiva

Projeto institucional

POR:
GESTÃO ESCOLAR

Objetivo geral 
Viabilizar um sistema de comunicação inclusiva. 
 
Objetivos específicos 
- Para gestores e professores Desenvolver diferentes linguagens e mídias para se comunicar com o público escolar.
- Para alunos Garantir que não sejam privados de nenhuma informação na sala de aula, no pátio e nos demais espaços da escola.
- Para famílias Encontrar meios para que acessem e respondam a todas as mensagens da escola.
 
Conteúdos de Gestão Escolar
- Aprendizagem Igualdade de acesso às informações.
- Financeira Previsão de gastos com recursos de comunicação inclusiva como parte do orçamento.
- Comunidade Participação mais ativa dos pais e familiares com deficiência do dia a dia escolar.

Tempo estimado
O ano todo

Desenvolvimento
1ª etapa Revisão do PPP
Reúna-se com as equipes gestora e docente para incluir no projeto político-pedagógico (PPP) as ações que promovam a comunicação de maneira ampla, pensando nos alunos, gestores, professores, funcionários e também pais que tenham deficiência. Explique que praticar uma comunicação inclusiva exige a mudança de hábitos - processo que demanda tempo, acertos e erros - e implica em exercitar os direitos humanos dentro da escola, pois toda pessoa tem o direito de acessar todas as informações.

2ª etapa Levantamento inicial
Faça um levantamento dos alunos, pais e responsáveis para saber quem tem alguma deficiência. Caso essa informação não conste na ficha de matrícula, elabore um questionário e deixe claro, antes da aplicação, que o objetivo é obter dados para que a escola avance em uma comunicação inclusiva, atendendo à diversidade.

3ª etapa Mudanças sem custo
Comece pelas intervenções que não exigem gastos - com elas, você já terá atendido a boa parte das necessidades específicas de comunicação: 

- Organizar as salas em formatos que atendam a estudantes surdos que não se utilizam da Libras e fazem leitura labial do professor e dos colegas. 

- Posicionar cartazes e murais a meia altura para que usuários de cadeira de rodas e pessoas muito baixas, como as crianças, possam lê-los. 

- Imprimir comunicados com letras grandes e de fácil leitura, como a fonte Arial, contemplando aqueles que têm baixa visão. 

- Solicitar à pessoa que apresenta um evento ou conduz uma reunião em que são usados alto-falantes que diga inicialmente algumas palavras fora do microfone a fim de que as pessoas cegas saibam em que posição se encontra o orador e não virem o rosto na direção das caixas de som. 

- Em reuniões de pais e outros momentos nos quais estejam presentes pessoas cegas e com baixa visão, descrever detalhadamente os elementos visuais apresentados, como fotos e telas de Power Point ou slides com gráficos e desenhos. 

- Criar pequenas fichas com desenhos que simbolizem ações muito comuns na escola, como "recreio", "banheiro", "silêncio", "participem", por exemplo, e ensinar o significado desses símbolos para a comunidade. Usar sempre essas fichas publicamente mesmo sem a presença de estudantes, gestores, docentes e funcionários com deficiência. Para facilitar a compreensão, as áreas comuns da escola podem conter placas com os desenhos. Com isso, começa a ser disseminada a cultura de várias formas de comunicação atuando conjuntamente.

4ª etapa Intervenções com custo
A escola pode mesclar o perfil de suas ações e, consequentemente, as fontes de recursos para praticar a comunicação inclusiva. É interessante adquirir livros falados e as versões em Libras para a biblioteca. Também é válido procurar apoio dos conselhos de direitos e dos veículos de comunicação locais para a divulgação do projeto de comunicação inclusiva da escola solicitando, por exemplo, a doação de livros acessíveis. Outra medida importante é participar do Programa Escola Acessível, do Ministério da Educação, para promover a acessibilidade e o apoio à inclusão escolar por meio da adequação arquitetônica ou estrutural do espaço físico. O projeto envolve a criação de uma sala de recursos multifuncionais, modificações de sanitários, alargamento de portas e vias de acesso, construção de rampas e instalação de corrimão e de sinalização tátil e visual. Também inclui a aquisição de mobiliário acessível, como cadeira de rodas, material desportivo e outros recursos de tecnologia assistiva. Existem ações semelhantes nos municípios e estados.

5ª etapa Planejamento orçamentário
A comunicação inclusiva vai requerer uma revisão no uso de recursos da escola e, por isso, é preciso ter planejamentos e orçamentos realinhados para que a desculpa "essa tecnologia não estava prevista" não venha a ser usada.

6ª etapa Busca de parcerias
Em todos os estados, há pelo menos um Centro de Apoio Pedagógico às pessoas com deficiência visual (CAP) e um Centro de Capacitação de Profissionais da Educação para a área de surdez (CAS). Criados pelo MEC, eles oferecem serviços gratuitos, como impressões em braile e capacitação em Libras. Organizações não governamentais que atuam nessa área também podem ser parceiras em diversas iniciativas.

7ª etapa Diálogo com a comunidade
Organize o Dia da Comunicação Inclusiva e convide pais, parceiros e colaboradores. Teste cada detalhe para garantir uma comunicação com acessibilidade. Promova debates, peça sugestões e assegure que todos tenham acesso ao convite - use, por exemplo, mensagem de celular para quem tem deficiência auditiva e o telefone para aqueles com deficiência visual caso a escola não consiga produzir bilhetes em braille. Informe no convite que o local do evento é acessível para quem tem deficiência física ou mobilidade reduzida. Todos esses cuidados serão uma prova do compromisso dos gestores com a nova postura da instituição.

Consultoria: Cláudia Werneck
Fundadora da Escola de Gente - Comunicação em Inclusão