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Um ponto final no improviso

Eu fiz assim

POR:
GESTÃO ESCOLAR
Geiza Maciel. Foto: Bruno Magalhães
RECURSOS ORGANIZADOS
Prever o uso dos materiais esclarece
o propósito de cada atividade e
permite montar escalas

Nossa escola é de 2009 e tem equipamentos eletrônicos que podem ajudar muito no processo de aprendizagem. Contudo, o potencial deles nem sempre foi totalmente aproveitado, pois alguns professores não os viam como ferramentas de ensino. Na verdade, frequentemente dois ou mais docentes queriam usar, de última hora, a televisão, o aparelho de som ou o data show em sala de aula. Um clima de improviso pairava no ar. Certas vezes, não se sabia que propósitos educativos os professores pretendiam alcançar com os filmes, músicas e projeções que resolviam compartilhar assim, às pressas, com os alunos. A impressão que dava era que se buscava cobrir lacunas de tempo. Além disso, é claro que não existiam recursos suficientes para todas as turmas nos mesmos dias e horários - o que, por vezes, causava alguns transtornos.

Esse cenário dificultava a gestão dos materiais. A saída que encontramos foi rever o planejamento das aulas. Os professores sempre tiveram horários individuais de planejamento semanal, nos quais, junto com a coordenadora pedagógica, elaboram atividades e escolhem conteúdos a trabalhar de acordo com os objetivos a alcançar. Mas estava claro que faltava prever o uso dos recursos. Decidimos melhorar as pautas semanais, que passaram a apontar em que momentos os equipamentos seriam utilizados e com que propósito. Isso possibilitou que eu e a coordenadora montássemos cronogramas de uso, pondo fim à sobreposição de solicitações. A improvisação também acabou, já que todo material requisitado está diretamente relacionado com o que se pretende ensinar.

Os pedidos da equipe podem (e devem) incluir quaisquer outros objetos que sejam relevantes para a aprendizagem das turmas. Tudo o que a escola tem - não apenas os aparelhos audiovisuais mas também os artigos de papelaria e recursos didáticos, como globos terrestres e atlas geográficos - está descrito em listas acessíveis a toda a equipe. Em geral, as solicitações são feitas com base nessas listagens. E, quando algo não está disponível, buscamos soluções alternativas.

Certa vez, a professora de Geografia sinalizou em seu planejamento que precisaria de uma bússola para trabalhar noções de orientação espacial com os alunos. Não tínhamos, mas conseguimos uma emprestada com a diretora de uma escola próxima. Caso seja necessário adquirir algum item, enviamos, com antecedência, uma requisição à Secretaria de Educação, justificando a compra. Isso porque, por enquanto, não recebemos recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). Organizadas assim, as aulas otimizam o trabalho de docentes e gestores. E ficam mais interessantes para os alunos.

Geiza Maciel é diretora do CE São Gonçalo do Rio Abaixo, em São Gonçalo do Rio Abaixo, MG.

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