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4 ações para subsidiar o professor eventual

Confira quatro iniciativas para criar condições para que os professores substitutos realizem o melhor trabalho possível na ausência dos titulares

POR:
GESTÃO ESCOLAR, Paula Takada, Bruna Nicolielo, Elisa Meirelles de São Paulo, Rodrigo Ratier
Foto: Tamires Koop
ACERVO DE AULAS
Adriana, de São Leopoldo, RS, escolhe
atividades extras antes de entrar em sala

1 Manter um banco de atividades extras atualizado

O que é
Arquivo disponível aos docentes, com planos de aula preparados por todos os professores da escola, com atividades complementares ao conteúdo que é trabalhado com a turma em cada disciplina e durante determinado período.

Como organizar
O coordenador pedagógico deve solicitar a todos da equipe docente que preparem atividades extras para cada um dos conteúdos que serão ensinados no bimestre, trimestre ou semestre. Como elas serão usadas por outro profissional que não necessariamente segue a turma de perto, é importante que o titular inclua no documento a contextualização de cada proposta e deixe claros os objetivos. A melhor maneira de disponibilizar o material é mantê-lo em pastas ou arquivos, em armário que deve ficar sempre aberto, na sala dos professores ou da coordenação, para ser consultado quando necessário.

Onde é feita
A EMEF João Belchior Marques Goulart, em São Leopoldo, município da Grande Porto Alegre, atende cerca de 1,5 mil alunos e conta com dois substitutos por turno. Todos os titulares planejam, no início de cada trimestre, duas atividades a mais do que as previstas no planejamento inicial e entregam à coordenadora pedagógica, Cláudia Maragno. São os chamados Planos de Aula de Emergência, que ficam arquivados em pastas acessíveis aos substitutos. Se o regente de turma tiver de faltar mais de duas vezes durante o período, é orientado a preparar outras opções de aula. "Os eventuais precisam ter muita flexibilidade e alguma experiência para estar cada dia em uma turma, dando uma aula diferente", afirma Adriana Silveira, substituta que já trabalhou 20 anos como regente de turmas do 1º ao 5º ano e da área de História.

Foto: Canindé Soares
RELATOS COMPLETOS
Maria Betânia, de Natal, estuda os diários
dos titulares e os registros dos alunos

2 Manter um arquivo de registros

O que é
Um banco de documentos pedagógicos (o planejamento dos professores, os diagnósticos iniciais de cada turma, os relatórios e os portfólios dos alunos). O objetivo é subsidiar o eventual na compreensão da sequência didática planejada pelo colega para que ele saiba exatamente de que ponto deverá dar continuidade ao trabalho.

Como organizar
Os professores devem arquivar os planos de aula e as anotações de observações feitas em sala. O material fica disponível na escola (e não trancado nas gavetas do professor). O ideal é o coordenador pedagógico reservar um espaço para as pastas ou os cadernos, identificados com o nome do professor da turma.

Onde é feito
Na EM Professor Ascendino Henrique de Almeida Júnior, em Natal, os regentes de turma fazem um diário, no qual colocam o planejamento inicial, o registro das atividades, os passos seguintes da sequência que está sendo trabalhada e as interações entre os alunos e entre eles e o conteúdo. "Também fazemos o nosso diário", conta Maria Betânia de Moura, uma das oito eventuais com as quais a escola conta. A diretora, Tereza Cristina Almeida Bezerra, afirma que os temporários são praticamente regentes, pois participam de toda a rotina da Ascendino. No arquivo preparado pela equipe gestora também estão o diagnóstico inicial e os relatórios semanais.

Foto: Marina Piedade
SEMPRE EM SALA
Katarina (à direita), de São Paulo, auxilia
a regente quando não está substituindo

3 Alocar o eventual como auxiliar em sala de aula

O que é
Modelo em que os substitutos permanecem na escola durante todo o período de aula e são convidados a atuar como assistentes dos titulares.

Como organizar
A rotina da escola deve prever que o eventual assuma o papel de auxiliar dos titulares. Em muitas unidades, quando não estão substituindo, eles são convocados para realizar tarefas burocráticas ou outra que não sejam da competência dele. Por isso, é preciso que a equipe gestora tenha consciência da importância desse profissional na garantia da continuidade do processo de ensino e aprendizagem - e não somente como um tapa-buraco. Ele pode ser alocado em uma única turma ou revezar-se nas salas conforme a necessidade. Dessa forma, o substituto se aproxima dos alunos e tem a oportunidade de se desenvolver pedagogicamente.

Onde é feito
Na EMEI Antonio Callado, na capital paulista, existem quatro substitutos, chamados professores de módulo. Eles são concursados e ficam fixos na escola, atuando como auxiliares do professor da turma. Katarina Leite, por exemplo, passou cinco meses apoiando duas salas com crianças de 3 e 4 anos. No início do ano, essas eram as turmas com maior demanda por causa do período de adaptação dos pequenos. "Aprendi muito observando a professora e isso me deu autonomia", conta.

Foto: Eduardo Marques
APRENDER JUNTO
Mara (de preto), de Jaraguá do Sul, SC,
recebe a mesma formação dos titulares

4 Alocar o eventual como auxiliar em sala de aula

O que é
Garantir a presença dos professores eventuais nas reuniões de planejamento, nos encontros pedagógicos e na formação em serviço.

Como organizar
Geralmente, o eventual tem regime de trabalho e carga horária diferentes dos demais professores da escola. Por isso, o coordenador pedagógico precisa ficar atento à disponibilidade e aos horários dos substitutos para que eles consigam participar das reuniões de equipe. Em algumas redes, os eventuais são alunos de graduação ou profissionais recém-formados e, portanto, a oportunidade de participar da formação em serviço é fundamental para que a substituição garanta a continuidade do aprendizado.

Onde é feito
NA EM Luiz Gonzaga Ayroso, em Jaraguá do Sul, a 182 quilômetros de Florianópolis, Mara Luciana Kamschen Silva trabalha como substituta em duas turmas de 4º ano, uma de manhã e outra à tarde. Apesar de ter sido admitida em caráter temporário (ACT), ela participa de todos os momentos de planejamento, das reuniões pedagógicas e dos Conselhos de Classe. "Sempre me senti parte da equipe permanente por ter as mesmas oportunidades de participar das formações em serviço", conta. Mara trabalha como temporária há 18 anos e mesmo quando atuou em escolas diferentes, numa de manhã e noutra à tarde, conseguiu fazer com que os gestores adequassem o horário das reuniões à sua agenda.

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