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Guia da escola democrática

Conceitos teóricos e estudos de caso sobre a prática da gestão participativa

POR:
GESTÃO ESCOLAR
a escola participativa

A escola participativa - O trabalho do gestor escolar
Heloísa Lück, Kátia Siqueira de Freitas, Robert Girling e Sherry Keith, 160 págs., Ed. Vozes, tel. (11) 3256-0611, 29,70 reais

Por que ler É um guia prático e teórico confiável para gestores escolares, em programas de formação inicial ou continuada ou ainda como uma fonte de consulta no exercício de suas atribuições. A primeira parte do livro aborda, de forma objetiva e consistente, a gestão participativa, a liderança, o processo decisório e o desenvolvimento profissional. Os autores, da área de Administração e Gestão Escolar de universidades nacionais e norte-americanas, relacionam a prática do modelo democrático-participativo com o desempenho da escola em termos de aprendizagem dos alunos. A primeira parte do livro fala ainda do perfil de um gestor que exerce suas funções de forma efetiva, dos diferentes estilos de liderança, das situações-problema recorrentes no ambiente escolar e do trabalho do docente com base na negação de pressupostos oriundos da teoria clássica da administração. A segunda parte é reservada à descrição de diversos estudos de caso em instituições no Brasil e no exterior que confirmam as teses defendidas anteriormente. A Escola Participativa destaca-se pela amplitude e diversificação do tema proposto, tendo como diferencial a dosagem adequada de base teórica e dos aspectos práticos aplicados à gestão.

Preste atenção No paradigma defendido pelos autores, que prevê uma ótica globalizada em substituição à fragmentaçõ do trabalho educativo. Com base na gestão democrática e participativa, eles discorrem sobre a expansão das responsabilidades dos professores, com ações contínuas e processuais, e em atividades coletivas e coordenadas, acabando com o individualismo
e a hierarquização. 

Trecho "Verifica-se que a ênfase no modelo de gestão escolar democrática, observada atualmente no Brasil, é coerente com as tendências mundiais em Educação. Este movimento em favor da gestão participativa na Educação é fortemente difundido em muitos países (...) orientado pela preocupação quanto à eficácia escolar, isto é, com a aprendizagem significativa de seus alunos de modo que conheçam o seu mundo, a si mesmos e tenham instrumentos adequados para enfrentarem seus desafios de vida. A falta dessa eficácia consistiria, por certo, em uma ameaça à legitimidade do sistema escolar. Segundo o princípio da democratização, a gestão escolar promove, na comunidade escolar, a redistribuição e o compartilhamento das responsabilidades que objetivam intensificar a legitimidade do sistema escolar, pelo cumprimento mais efetivo dos objetivos educacionais. No entanto, não está totalmente esclarecido como a descentralização e a participação irão resolver as inadequações estruturais existentes nos sistemas de ensino." 

Márcia de Matos Pontes é professora adjunta da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (UFBA).


Livro

educação e imprensa

Educação e imprensa
Rosa María Torres, 120 págs., Ed. Cortez, tel. (51) 3611-9616, 
15 reais


Por que ler Os 36 artigos da pedagoga e jornalista equatoriana Rosa María Torres contidos nesse volume da coleção Questões da Nossa Época traçam um panorama dos principais temas discutidos no campo da Educação nas últimas décadas. Repetência, analfabetismo, direitos das crianças, currículo, exames, professores e formação de educadores são alguns dos assuntos abordados nos textos, que foram selecionados de um total de 400, originalmente publicados na coluna de Rosa María no jornal El Comercio, de Quito. Com linguagem acessível, muitas vezes em tom de crônica, os artigos são questionadores e fazem pensar sobre os papéis desempenhados pelos diferentes atores educacionais.

Preste atenção Na forma pela qual a autora coloca em questão alguns falsos consensos do campo educacional - como a pobreza como fator determinante para o fracasso escolar e a irrefutabilidade das pesquisas, muitas vezes elaboradas para justificar certas práticas. Em cada artigo, há pequenas provocações a professores, gestores e pais que trazem incômodo e promovem reflexão.


Site

todos pela educação

www.todospelaeducacao.com.br
Movimento Todos pela Educação

Por que acessar Criado em 2006 como um movimento da sociedade civil, reunindo gestores públicos, empresas e organizações não governamentais, o Todos pela Educação acompanha e participa da elaboração de políticas educacionais e tem como missão promover a qualidade da Educação. No site, é possível acessar números, indicadores e boletins que atualizam os leitores sobre o cumprimento de cinco metas estabelecidas pelo movimento para atingir a qualidade educacional até 2022. Há ainda reportagens com exemplos de boas práticas, um programa de rádio online, uma biblioteca com textos sobre Educação e um glossário com os principais termos da área.

Preste atenção Na seção intitulada Faça Sua Parte, em que é possível acessar, de acordo com o perfil de cada internauta, uma série de dicas sobre o que se pode fazer para promover a qualidade da Educação. Para os diretores, há indicações sobre como fazer uma gestão participativa, se relacionar com a Secretaria de Educação e manter uma boa relação com as famílias.


DVD

a onda

A onda
Dennis Gansel, Alemanha, 2008, 106 min., Paramount Pictures, 32 reais

Por que assistir Baseado em fato ocorrido na Califórnia, EUA, no fim da década de 1960, o filme conta a história de um professor que quer ensinar para a turma os princípios dos regimes totalitários. Frente ao desinteresse dos alunos, ele resolve mostrar na prática o que isso significa e como o movimento nazista chegou ao poder na Alemanha. O professor cria uma organização da qual se proclama líder e começa a trilhar os caminhos de uma autocracia, prevendo a criação de nome (A Onda), slogan (Força pela Disciplina), declaração de princípios, uniforme etc. A vivência experimental, contudo, foge ao controle quando os alunos passam a propagar o poder do movimento, com consequências trágicas.

Preste atenção Em como os estudantes se envolvem de diferentes maneiras com a vivência sugerida durante as aulas - a maioria esquece que se trata de uma proposta pedagógica. E em como o próprio professor se perde na condução do projeto, embevecido com o domínio que exerce sobre os jovens. Para refletir sobre o uso do poder.

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