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Assim não dá! Deixar papel higiênico longe dos banheiros

Assim não dá!

POR:
Rita Trevisan, Bruna Nicolielo

A prática, adotada em algumas escolas para coibir o desperdício e as traquinagens das crianças, pode constrangê-las. Afinal, há que se expor em público para pedir o papel na secretaria, na diretoria ou diretamente à professora. A atitude, que visa evitar a indisciplina, não contribui para a aprendizagem proporcionada pelos problemas do cotidiano escolar e poderia ser conduzida de forma a propiciar aos alunos uma reflexão sobre o problema.

O ideal é que as intervenções da escola tenham como foco a coletividade e não apenas alguns poucos indivíduos diretamente envolvidos na questão. Uma maneira de fazer isso é propor uma aula com todos os alunos, enfocando, por exemplo, o problema do desperdício. Pode-se pedir que eles façam um trabalho de investigação sobre o custo do material para a escola ou para a natureza, já que o resíduo é descartado e gera impacto sobre o meio ambiente. Esse tipo de ação permite que a turma analise as consequências de seu ato no âmbito coletivo, pois, na maior parte das vezes, a brincadeira é tomada como uma distração sem muita importância.

Os estudantes também podem ser convidados a promover uma campanha contra o desperdício, produzindo cartazes, blogs, pequenos filmes e mesmo um jornal. Depois disso, é possível adotar, em conjunto, procedimentos discutidos, refletidos e propostos pelo grupo e que, portanto, terão legitimidade maior do que as regras simplesmente impostas pelos professores ou gestores.


Consultoria Telma Vinha, docente da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).