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Por uma escola mais eficaz

Artigos mostram a trajetória das diversas tentativas de atingir a eficácia escolar

POR:
GESTÃO ESCOLAR
Foto: Marcelo Kura
Foto: Marcelo Kura

Pesquisa em eficácia escolar - Origem e trajetórias
Nigel Brooke e José Francisco Soares (orgs.), 552 págs., 
Ed. UFMG, tel. (31) 3409-4650, 51 reais


Por que ler Parece consenso que nossos sistemas escolares e escolas estão longe de atender ao que se espera deles. Por isso, a eficácia educacional é uma questão central e crescem, em todas as esferas de governo, as iniciativas para chegar a ela. Neste livro, os autores organizaram uma coletânea de mais de 20 artigos que ajudam a entender os mecanismos de busca dessa eficácia escolar. A tônica de todos os textos é mostrar que as condições de cada escola proporcionam diferenças no aprendizado dos estudantes. Essa ideia se contrapõe à surgida nos anos 1960 e 70, quando se acreditava que determinavam a capacidade de aprendizagem as condições culturais e econômicas dos alunos. Isso fez com que boa parte da pesquisa, da formação dos professores e da mentalidade predominante no que se denomina "cultura profissional docente" fosse regida pelo conceito de que "a escola não importa". Dispondo de um abrangente arsenal de recursos teóricos e metodológicos, os vários autores mostram como o pensamento educacional evoluiu para superar esse paradigma. No fim, a pergunta subjacente ao livro é: como fazer Educação escolar com mais qualidade e equidade? Um primeiro passo para essa resposta é a própria leitura da obra.

Preste atenção Na pluralidade de opiniões sobre os mecanismos que levam à eficiência escolar. O livro reúne estudos publicados por vários autores, a maioria ingleses ou americanos, que se basearam em investigações iniciadas nos anos 1960 sobre a desigualdade educacional nesses dois países. O objetivo era melhorar a qualidade da Educação oferecida e ambos os sistemas tiveram êxito, ainda que por caminhos diferentes.

Trecho "Na maioria dos casos, um diretor eficaz não é simplesmente o administrador mais antigo, mas de alguma maneira uma liderança profissional. Isso implica envolvimento e conhecimento sobre o que acontece na sala de aula, incluindo currículo, estratégias de ensino e o monitoramento do progresso do aluno (Rutter et al., 1979; Mortimore et al., 1988). Na prática, isso requer prover uma variedade de apoios aos professores, incluindo estímulo e assistência prática (Levine; Stark, 1981; Murphy, 1989). Isso também envolve o diretor projetar um perfil 'competente', através de ações, tais como: locomover-se frequentemente na escola, visitar as salas de aula e manter conversas informais com os professores (Sizemore; Brossard; Harrigan, 1983; Mortimore et al., 1988; Pollack; Watson; Crishpeels, 1987; Teddlie; Kirby; Stringfield, 1989). Isso também requer avaliar as maneiras com que os professores trabalham, descritas por Scheerens (1992) como 'um dos pilares da liderança educacional'."

Marcio da Costa, autor desta resenha, é professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).


Livro

Foto: Marcelo Kura
Foto: Marcelo Kura

Como aprender e ensinar competências
Antoni Zabala e Laia Arnau, 197 págs., Ed. Artmed
tel. 0800-703-3444, 38 reais


Por que ler No movimento que parece irreversível de substituição do antigo modelo de transmissão de conteúdos pelo de ensino de competências, os espanhóis Antoni Zabala e Laia Arnau, professores da Universidade de Barcelona, se dedicam a esmiuçar os conceitos envolvidos nessa nova lógica. A intenção é definir o que são o ensino e a aprendizagem por competências e traçar maneiras práticas de a escola trabalhar a formação para o desenvolvimento de capacidades. Para atingir esse objetivo, os autores apresentam, no fim de cada capítulo, exemplos que demonstram na prática as questões teóricas do tópico que acabou de ser abordado.

Preste atenção Nos vários quadros de tons de cinza ao longo dos capítulos. Eles são usados para sistematizar tópicos teóricos que acabaram de ser discutidos e apresentar as mesmas informações de forma simplificada. Os quadros no encerramento dos capítulos também merecem destaque, principalmente pela transposição que fazem dos temas para exemplos relacionados à prática.


Site

Reprodução
Reprodução

www.gestaoescolardequalidade.org.br
Fundação L'Hermitage

Por que acessar Mantido pela Fundação L'Hermitage, de Belo Horizonte, e pela Fundación Chile Educación - Gestión Escolar, esse site oferece gratuitamente às escolas que se cadastram um programa de melhoria da qualidade da gestão. Chamado de Ciclo de Melhoramento Contínuo, ele faz uma avaliação inicial por meio de questionários para pais, alunos, docentes e diretores. Com base nos resultados, o site ajuda o gestor a elaborar e implementar um plano de melhoramento da gestão. Depois de cumpridas as etapas, a escola passa por uma avaliação para medir os resultados. A assessoria é gratuita e o acompanhamento, via internet.

Preste atenção Nos questionários que são aplicados aos alunos, pais, professores e diretores. O site abre os arquivos para que você possa conhecê-los antes de aderir ao projeto. Para participar, é necessário inscrever a escola e responder aos questionários online, com a senha de acesso que é enviada ao gestor no ato da inscrição.


DVD

Reprodução
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Crianças invisíveis
Mehdi Charef, Kátia Lund, John Woo, Emir Kusturica, Spike Lee, Jordan Scott, Ridley Scott e Stefano Veneruso, 116 min., Paris Filmes, 16 reais

Por que assitir Parceria entre diretores consagrados, como Spike Lee, Ridley Scott e a brasileira Kátia Lund, o filme é uma coletânea de sete curtas-metragem rodados em diversas cidades do mundo. As histórias retratam a realidade de crianças e adolescentes de diferentes origens e culturas, mas todas vivendo em situação de pobreza e marginalização. Sem acesso à escola, à alimentação e aos equipamentos sociais de lazer e cultura, os personagens têm em comum um histórico de abandono e uma infância que não se realiza. O cotidiano dessas crianças mostra a importância de pensar a Educação como uma política de inclusão social.

Preste atenção Nas consequências que a falta do acolhimento familiar e escolar causa nos personagens. Desde a história brasileira dos irmãos que ganham a vida catando papéis nas ruas até a de guerrilheiros infantis em Ruanda, a mensagem que fica é a seguinte: se não houver uma atenção rápida para mudar essa realidade, gerações inteiras continuarão excluídas.

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