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Projeto institucional: correção de fluxo na escola

Como corrigir a defasagem entre idades e série dos alunos e garantir a aprendizagem

POR:
GESTÃO ESCOLAR

Objetivos
- Corrigir a defasagem entre idade e série dos alunos.
- Garantir a aprendizagem dos conteúdos básicos.

Anos
6º ao 9º.

Conteúdos da Gestão Escolar
- Aprendizagem 
Elaboração do currículo, flexibilização da avaliação e acompanhamento do desempenho dos alunos.
- Relações pessoais 
Reorganização da rotina e do horário de trabalho de professores, coordenadores pedagógicos e orientadores educacionais.
- Comunidade 
Reunião com os pais dos alunos das turmas de aceleração para envolvê-los no projeto e na avaliação dos resultados.
- Espaço 
Organização das classes de aceleração.

Tempo
Um ano.

Material necessário
O material didático é o mesmo das turmas regulares. O uso de outros recursos depende do planejamento.

Desenvolvimento
1ª etapa 
Diagnóstico e divisão das turmas 
Organize um levantamento para saber o número de alunos com histórico de repetência. Para isso, use os registros e dados da escola. Se houver uma quantidade significativa de estudantes nessas condições, forme classes de aceleração agrupando os alunos com idades próximas numa mesma turma. Eles devem fazer uma prova específica, preparada pela equipe pedagógica, para conhecer as dificuldades e os conteúdos que terão de ser mais trabalhados.

2ª etapa 
Mobilização das famílias
 
Chame os pais para conhecer o programa e mostre os objetivos. Cabe a eles decidir sobre a participação do filho no projeto. Durante o ano, mantenha contato com os familiares para que eles relatem o que observam em casa em relação à aprendizagem, ao comportamento e às eventuais dificuldades.

3ª etapa 
Preparação da equipe
 
O projeto deve ser elaborado pelo diretor em parceria com a coordenação pedagógica e os professores envolvidos, prevendo as metas a serem atingidas, o cronograma e as responsabilidades de cada um. Apresente a ideia inicial para toda a equipe docente, mostrando a importância da iniciativa para reintegrar os alunos com histórico de fracasso escolar (e abra espaço para receber sugestões e fazer ajustes). Coordenadores pedagógicos e professores são peças-chave, pois cabe a eles sugerir as adaptações curriculares e traçar as estratégias de ensino. A resistência inicial pode ser grande, já que a proposta envolve mudanças na grade, nas atribuições das aulas e também um esforço para adaptar estratégias pedagógicas. Deixe claro que a equipe gestora apoiará o processo e ofereça condições de trabalho.

4ª etapa 
Adaptação do currículo

Selecionar o que é fundamental para que os alunos aprendam é a base do projeto. Use como referência o currículo da rede e traga para consulta propostas elaboradas para a Educação de Jovens e Adultos, já que elas apresentam uma condensação de conteúdos. Acompanhe o trabalho dos professores e coordenadores pedagógicos, garantindo a presença no programa dos conteúdos básicos de cada disciplina para que os estudantes possam, depois, acompanhar as classes regulares após a correção de fluxo. Os encontros de planejamento e formação continuada são os mais adequados para moldar o currículo. Por isso, garanta a regularidade desses momentos e esteja presente para ajudar a pensar em estratégias.

5ª etapa 
Acompanhamento

Para acompanhar a frequência e o desempenho dos estudantes das classes de aceleração, peça que os professores elaborem relatórios individuais, com informações sobre o progresso de cada aluno. Esses documentos são úteis nas reuniões de trabalho coletivo e servem de base para promover a readequação da prática em sala de aula. Os coordenadores pedagógicos, além de auxiliar na adaptação do currículo, trazer referências e orientar a equipe docente, são os responsáveis por observar o andamento das atividades em sala de aula. O diretor coordena todo o processo e divide com o orientador educacional o contato com as famílias e as mudanças de estratégias para incluir e ajudar o estudante.

6ª etapa 
Flexibilização da avaliação
 
A avaliação dos alunos das classes de aceleração deve ser a mais ampla possível. A sugestão é sustentá-la em três pontos: numa prova específica elaborada com base nos conteúdos trabalhados em sala de aula; em outra prova de caráter mais geral, que deve ser feita também pelos que estudam nas classes regulares, abordando os conteúdos básicos (ela serve para apontar se os alunos acelerados podem ser reintegrados às turmas originais); e, finalmente, no acompanhamento de atitudes importantes para o desenvolvimento do perfil de estudante. O projeto A Hora É Essa, em Samambaia, criou a Nota Positiva, responsável por 20% do conceito geral do aluno, em que são avaliados o cuidado com os materiais, a participação nas aulas, a presença e outros comportamentos.

Avaliação
A medida do sucesso do projeto de aceleração é a aprendizagem dos alunos. A diminuição da evasão e a frequência são índices importantes e devem ser monitorados pelos gestores. A participação em avaliações externas, como a Prova Brasil, também serve para indicar se houve avanço.