No início de todo ano letivo, traço metas e planos de ação com a equipe escolar. Juntos, pensamos na elaboração e realização de projetos e oficinas, em formas para melhorar o aproveitamento escolar dos alunos e em como aumentar a participação dos pais nas reuniões. Como contei para vocês no último post, também aproveito essa época do ano para realizar as eleições dos membros de colegiados que auxiliam (e muito!) nas definições e cumprimentos dessas metas, como o Conselho Escolar.
Esse órgão é essencial na tomada de decisões na escola. Seus componentes são os que verificam o que a instituição precisa e, junto comigo, decidem quais são as ações em que devemos focar nossos trabalhos.
Até o momento, tenho conseguido bons resultados com a participação desses conselheiros, principalmente os membros escolhidos entre os familiares dos alunos. Os pais costumam adentrar no espaço escolar com muito entusiasmo e percebem as inúmeras responsabilidades que a escola tem no processo de ensino e aprendizagem das crianças.
Neste ano, já realizamos três encontros. Todos, como eu já havia dito a vocês, estão previstos no Calendário Escolar. No primeiro deles, reservamos um horário para falar sobre a aplicação de recursos financeiros da escola. Naquele dia, tínhamos a missão de, a curto prazo, avaliar, consultar e preparar uma planilha para adquirirmos materiais para as aulas de Educação Física e atividades recreativas.
Essa questão estava pendente desde o ano anterior. Até então, os professores não tinham instrumentos suficientes para trabalhar em algumas atividades, como bolas de basquete, vôlei e futebol de salão; eles costumavam trazer os documentos de casa para que os alunos não ficassem sem utilizá-los. Além disso, as redes das traves de futebol e de vôlei e o aro do basquete estavam muito deteriorados, sem condições de uso. Percebem como tínhamos urgência para a aquisição desses materiais?
O Washington e a Alessandra, pais de alunos da escola, se prontificaram em me auxiliar na cotação dos preços dos objetos necessários. Eles trouxeram orçamentos para incluirmos na planilha que seria apresentada aos demais conselheiros no encontro seguinte, marcado na condição de reunião extraordinária. Os membros viram a planilha, na qual estão listados somente os produtos de menor valor, mas com qualidade, e a aprovaram. Só para explicar para vocês como funciona essa aprovação na minha escola: é preciso que 50% dos membros mais um estejam presentes e que a maioria concorde com o orçamento.
Em outros anos, já tive que convocar reuniões extraordinárias como essa por causa da falta de funcionários. Chamei os membros do conselho, expus a situação e alguns pais se ofereceram prontamente para dar assistência aos alunos por uma semana durante o intervalo. Essa ajuda durou até a contratação de novos funcionários. Foi muito legal ver a comunidade ajudar a escola dessa forma!
Agora no final do ano, tivemos outra reunião do Conselho Escolar para finalizar as próximas aquisições que faremos nesse restinho de segundo semestre. Nela, definimos a compra de material para a nossa Feira de Ciências (que será realizada em dezembro), livros infanto-juvenis e dicionários para a biblioteca, uma impressora a laser para o Jornal Escolar, jogos recreativos e armários para guardar as mochilas dos alunos.
Depois de todas essas compras, também é preciso fazer uma prestação de contas para a comunidade escolar, porque sabemos o quanto é exigido para que essa finalização aconteça de maneira tranquila e segura, garantindo a transparência. Esse trabalho sou eu que faço, apresentando uma planilha com todos os gastos e investimentos do ano na última reunião do Conselho.
E na sua escola, diretor, como tem sido a atuação do Conselho Escolar? Seus conselheiros são atuantes e parceiros? Vocês já resolveram problemas com os membros?
Um grande abraço, Sonia Abreu