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Por que a parceria com o vice-diretor é tão importante

POR:
Joelma Souza

O vice-diretor não deve ser visto como substituto, mas como parceiro. Crédito: Shutterstock

Olá, diretor,

Hoje, eu gostaria de conversar sobre o vice-diretor, um profissional que está sempre ao seu lado na rotina. Será que estamos aproveitando seu potencial como deveríamos?

Sabemos que algumas Secretarias de Educação utilizam diferentes critérios para organizarem a equipe gestora, composta pelo diretor e pelo vice. Independente destes critérios, o vice é um profissional designado a ocupar um cargo ao lado do diretor, e deve ser valorizado. Seu papel é muito importante no cotidiano escolar.

Como dar conta de todas as responsabilidades, com toda a sua complexidade, sem um parceiro que o apoie no compartilhamento de decisões, na gestão nos diferentes turnos para assegurar o bom andamento da instituição em prol da aprendizagem de seus alunos? Nós, diretores, sofremos constantemente por estarmos “sozinhos” na escola, no sentido de que é difícil encontrar profissionais que exerçam a mesma função que a gente, com quem possamos trocar experiências e angústias, e ninguém melhor que o seu vice-diretor para firmar essa cumplicidade.

A professora Terezinha Azerêdo Rios sabiamente diz “(…) Uma pessoa não pode ser competente sozinha. A qualidade de seu trabalho não depende apenas dela – define-se na relação com os outros. As condições para a realização de um trabalho competente estão na competência do profissional e na articulação dessa competência com os outros e com as circunstâncias (…)”. Colocando sua relação com o vice-diretor sob a ótica da reflexão da professora, podemos pensar: Que condições para a realização de um bom trabalho são essas, se muitas vezes o diretor e o vice têm pouco tempo para conversarem sobre a escola?

É fundamental que a dupla da gestão discuta sobre várias questões que envolvem o processo de ensino e aprendizagem: suas concepções individuais sobre esse processo, a avaliação, a formação em contexto de trabalho e as bases legais que respaldam as tomadas de decisões. O diálogo frequente e profissional é o balizador desta parceria. Através dele, é possível encontrar uma postura adequada à instituição, que servirá de base para a resolução de problemas.

Neste vídeo você pode ver como agir quando o diretor e o vice tomam decisões diferentes para enfrentar uma mesma situação, e o que pode ser feito para evitar isso.

Algumas vezes ouvimos a expressão “passar o bastão”, como se o diretor tivesse as responsabilidades em mãos e transferisse todas de uma só vez ao vice, quando necessário. Mas você não é um atleta que sai com o bastão na mão direita e passa para a mão esquerda do vice que começa a correr na sua frente, assim como a função do vice não é o de sair correndo na frente e/ou atrás do diretor para fazer revezamento de período, mas o de atuar de forma compassada e sintonizada, para que não aconteçam desmandos, omissões, atitudes precipitadas por uma das partes. Veja mais sobre a parceria sólida que deve ser criada entre diretor e vice nesta reportagem.

Como é sua relação com o vice-diretor? Esta reflexão ajudou a pensar sobre oportunidades de melhorá-la? Ou vocês já têm uma parceria estabelecida? Compartilhe conosco nos comentários.

Um abraço,

Maura.