Olá,
O Dia Mundial da Água (22 de março) se aproxima e a pauta sobre a crise hídrica continua na mídia e por todos os cantos do Brasil. Isso tem sido assunto em muitas escolas e várias ideias têm surgido para debater o tema em sala de aula. Entre elas, estão a construção de cisternas ou outras formas alternativas de armazenamento.
Se por um lado bem positivo a crise está servindo de alerta e mobilização da população para poupar água, há quem já esteja ficando preocupado que a falta de cuidado no armazenamento gere outra grande crise: a da saúde pública, com o aumento expressivo dos casos de dengue pelo país.
Isso porque o danado do mosquito Aedes aegypti, que transmite essa doença, tem encontrado inúmeras oportunidades para se reproduzir na água deixada em reservatórios sem tampa. E lá vai ele de balde em balde espalhando o vírus e lotando os hospitais das cidades.
Ainda bem que existem vários gestores de Educação atuando fortemente na prevenção com a sensibilização dos alunos e de suas famílias. Li, por exemplo, que em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, 7,5 mil alunos participaram de um concurso onde as melhores frases serão usadas em materiais de campanha pela cidade. O Jornal A Cidade conta que uma estudante do 6º ano fez uma rima bem apropriada: “Melhor passar um dia limpando o quintal do que passar um dia no hospital”. Meu colega aqui no site de GESTÃO ESCOLAR, o diretor Edicarlos Mellin também contou o que a escola dele vem fazendo. Confira aqui.
Criar uma Brigada contra a Dengue na escola e no bairro, como fez a escola do Edicarlos, é uma experiência interessante. Os alunos podem ser envolvidos do início ao fim com palestras informativas e atividades em classe para conhecer a situação, elaborar materiais e planejar outras maneiras de multiplicar o combate à dengue no entorno da instituição.
Na Rádio Supereco, divulgamos um Rap contra a Dengue, de composição de Zé da Viola e Victor Hugo, da Escola Angelo de Barros de Araujo, do bairro Travessão, em Caraguatatuba, litoral de São Paulo. A música visa mobilizar a juventude de um jeito que só ela entende. Ouça aqui esse belo trabalho.
O fato é que, pela falta de prevenção, a dengue já se tornou um sério risco para a população e, mais uma vez, chamo a atenção para que não percamos a oportunidade de mostrar aos alunos que tudo funciona como um sistema. Ou seja, cada atitude precisa levar em conta os cuidados associados para que ela funcione em prol do bem coletivo. Se ganhamos pontos economizando e armazenando água da chuva avançando num jogo de tabuleiro, por exemplo, precisamos chegar ao pódio sem o mosquito da dengue!
Tenho certeza que muitas outras ideias criativas devem existir aí na sua escola. Compartilhe conosco o que você já desenvolveu ou presenciou na Educação contra a dengue e até o próximo post.
Andrée