Ir ao conteúdo principal Ir ao menu Principal Ir ao menu de Guias
Blog

Blog Sustentabilidade na Escola

Dicas, textos e depoimentos sobre como levar as questões ambientais para dentro da escola e para a comunidade

5 4 3 2 1

Hábito de compartilhar, tão comum no virtual, ganha impulso na vida real

POR:
Andrée de Ridder Vieira

Foto: Shutterstock

 

Olá!

A palavra compartilhar entrou definitivamente para a rotina da humanidade depois de ser popularizada nas redes sociais: todo mundo quer dividir informações, fotos, vídeos, comentários e muito mais com os amigos. O esforço de partilhar coisas é poderoso também para a sustentabilidade e pode dar uma boa mãozinha para a economia de recursos, quando contribui para a racionalização do consumo.

Quer um exemplo de como uma ferramenta mobile pode estimular a velha e boa troca ou o favor entre pessoas próximas? No WhatsApp de um grupo de pais de uma escola surge a seguinte pergunta: “Alguém tem uma barraca de camping para emprestar por um final de semana em setembro?” Em poucos minutos, alguém oferece a sua, de quatro lugares. As pessoas não precisam ter uma barraca, mas querem viver a experiência de acampar.

Em um estudo recente sobre Juventude conectada, a Fundação Telefônica descobriu que boa parte dos jovens de hoje têm menos interesse em posse e mais em usufruir de benefícios ou serviços. Eles valorizam o acesso, não a propriedade! Isso é uma mudança grande que pode afetar o consumo nos próximos anos.

Em outra pesquisa, intitulada Visões de futuro, a mesma fundação detectou,  entre 15 tendências, a do consumo compartilhado. Na Europa já existe uma marca de automóveis que propõe que quatro pessoas adquiram em conjunto e usufruam do mesmo veículo, fazendo um mapa de rotas, seguindo agendas e promovendo caronas! Um site do Reino Unido, o Just Park, serve de intermediário entre pessoas físicas que possuem vagas de garagem, por exemplo trabalhadores que saem de casa de manhã e não as utiliza durante o dia, e motoristas que procuram um lugar para estacionar.

Outra plataforma, a Bliive, criada por uma brasileira de 24 anos, Lorrana Scarpioni, estimula as pessoas a oferecer suas habilidades e conhecimentos em seu tempo livre para ensinar ou auxiliar quem precisa. Em troca, ganham em moeda virtual o tempo e o direito de aprender ou receber ajuda de outros participantes dessa grande rede de colaboração, que já conta com 60 mil usuários em 100 países.

Esses princípios também podem ser levados para a escola. Assim surgiu o Clube do Saber, do Colégio Oswald de Andrade, na capital paulista, uma comunidade de troca de saberes em que alunos se propõem a ensinar e outros a aprender ou grupos se formam em torno de um interesse e organizam uma oficina.

Essas iniciativas provam que é possível modificar a economia tradicional, criando novos modelos, mais criativos e eficientes, desprendidos de lucro e preocupados com significado e sustentabilidade. Inspire-se no exemplo desse pessoal, que defende que conhecimento é para ser compartilhado, mas não só na internet!

Você conhece outras iniciativas transformadoras? Conte para a gente!

Até a próxima!