Todos nós sabemos o quanto a leitura é importante em qualquer idade. Sabemos também que a escola e a sala de aula são locais privilegiados para dar às crianças a oportunidade de interagir e criar um vínculo com os textos literários. Enquanto professores, é nosso trabalho dar aos alunos acesso a esses escritos, despertar neles esse encantamento pela literatura e, assim, torná-los mais sensíveis e criativos.
Na minha escola, todas as turmas de 2º a 5º ano têm uma caixa com um acervo de aproximadamente 40 livros de literatura infantil, recebidos por meio do “Programa Ler e Escrever”, da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. As obras são utilizadas para momentos de leitura em sala e também são levadas para casa.
Para garantir que os livros circulem, mas não se percam e sejam estragados, organizei com os professores o controle de empréstimos e utilização dos exemplares. É isso o que vou compartilhar com vocês hoje.
Como organizo o controle do acervo de livros
Já recebemos as obras da secretaria com uma identificação para qual ano e série elas são adequadas. Quando os livros chegaram, criei um arquivo no computador para classificar todos os títulos e determinar para qual sala de aula cada um seria destinado. Cada turma possui um acervo específico, mas nada impede que os professores troquem seus acervos entre si durante o ano.
No início de cada ano letivo, entrego aos docentes a lista atualizada de livros que eles terão disponíveis em suas salas para trabalhar com os alunos. Ao final do ano, eles devem conferir todos os títulos que estão em sua posse e entregar a lista para eu atualizar meu registro.
Como os professores controlam os empréstimos dos livros
Além ter meu próprio controle, oriento os professores a criar meios de gerência de empréstimos para seus alunos.
Cada docente é responsável pelo acervo de sua turma. Por isso, ele deve registrar quem tirou cada exemplar e recolhê-lo depois que a criança já tiver lido. Alguns fazem isso com fichas individuais para cada aluno e outros utilizam um caderno geral para a turma.
Embora os professores sejam rigorosos nesse controle, infelizmente sempre há perdas ou casos de aluno que vão para outra escola e se esquecem de devolver os livros que estão com eles.
Outro aspecto em que os docentes precisam prestar atenção é o estado de conservação das obras. Aqui, temos conseguido resultados positivos com o acervo de literatura infantil; mesmo bastante utilizados, os livros estão muito bem conservados. Esse é um sinal de que as crianças cuidam e valorizam esse bem tão precioso.
Com todo esse trabalho de organização, os professores conseguem saber quais são as preferências de leitura das crianças, além de ter o registro de quantos livros cada uma leu no bimestre, semestre ou até mesmo no ano.
No próximo texto, continuarei com o mesmo tema, mas falarei sobre como as obras de literatura infantil são trabalhadas em sala de aula.
E vocês, coordenadores, como organizam os livros de sua escola para que eles não se percam no decorrer dos anos?
Beijos, Maria Inês