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O coordenador pedagógico e os pais dos alunos: uma relação interativa e profissional

POR:
Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink
Mesmo na correria do dia a dia, é importante estabelecer contato com as famílias (Foto: Gabriela Portilho)

Mesmo na correria do dia a dia, é importante estabelecer contato com as famílias (Foto: Gabriela Portilho)

Ser educado e atencioso em qualquer profissão é essencial, mas, quando se trata de crianças pequenas, como as que atendemos na Educação Infantil, sempre nos envolvemos um pouco mais, não é verdade? Acompanhar as aprendizagens e conquistas diárias, se encantar com as descobertas e rir das traquinagens é uma delícia.

Todos os dias, procuro ficar no pátio nos momentos de entrada e saída para ver os pequenos chegando ou indo embora com os responsáveis. Aí, aproveito para estabelecer contato com as famílias. Alguns pais são mais acessíveis e costumam parar para conversar ou perguntar alguma coisa, mas outros são mais arredios ou estão sempre com pressa. Esses são o meu desafio!

Por que manter o contato com os pais

É impressionante como fazer comentários positivos sobre as crianças e ter um bom relacionamento com os familiares abre um bom canal de comunicação para um trabalho conjunto entre escola e família. Em geral, isso termina impactando também na aprendizagem dos pequenos.

No portão, faço questão de fazer comentários do tipo: “Pedro, você contou para sua mãe sobre o texto bacana que a turma do infantil 2 fez porque você soube recontar algumas partes muito importantes da história?” ou “O senhor sabia que, ontem, o Cauã ensinou para outras crianças como se joga guerra de dados por que ele está muito sabido na Matemática?”. Esses comentários são dirigidos, principalmente, às famílias das crianças mais tímidas ou que demonstram pouco interesse em participar das atividades.

Quando os pais sentem o quanto valorizamos as conquistas dos filhos, eles também passam a fazê-lo.

Cuidados necessários

Um princípio que considero importantíssimo é nunca reclamar da criança para a família, mesmo que ela tenha tido um comportamento muito difícil. Por outro lado, se um aluno que, na maioria das vezes é difícil de lidar, faz qualquer atividade ou tem um comportamento mais colaborativo, faço questão de elogiar.

Muitas vezes, alguns pais querem ficar relatando causos e mais causos quando encontram alguém que se interessa pela criança ou é um pouco mais atencioso. Nessas situações, procuro pedir licença para ir tomar alguma providência. É preciso cuidar para que os familiares não confundam o acompanhamento pedagógico que fazemos dos filhos com consultório terapêutico para toda a família.

Na próxima semana, continuarei falando sobre o relacionamento com os familiares, mas sob o enfoque de encontrar encaminhamentos em conjunto – só depois de a escola já ter tentado diversas alternativas, é claro.

E na sua escola, é possível ter contato com as famílias mesmo na correria do dia a dia atribulado do coordenador?

Um abraço, Leninha