Ir ao conteúdo principal Ir ao menu Principal Ir ao menu de Guias
Notícias
5 4 3 2 1

Um plano de formação sobre cálculo mental

POR:
Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink
Aluna da EMEF Professor Olavo Pezzotti faz cálculos mentais na sala de aula (Foto: Marina Piedade)

Aluna da EMEF Professor Olavo Pezzotti faz cálculos mentais na sala de aula (Foto: Marina Piedade)

Durante uma reunião de coordenadores pedagógicos, eu e meus colegas da cidade decidimos fazer um trabalho conjunto e ir a campo para observar o trabalho docente com conteúdos de Matemática nas salas de aula do Ensino Fundamental 1 e a forma como os professores organizavam o currículo das turmas. Durante a observação, percebemos que o cálculo mental recebia pouca atenção dos educadores, apesar de essa modalidade ser importante para resolver problemas cotidianos sem precisar fazer conta escritas ou estimar um valor aproximado. Era comum, por exemplo, que ensinassem o algoritmo (ou conta armada) antes do cálculo.

Com base nesses dados, vimos que era necessário aprofundar os conhecimentos dos docentes sobre o tema. Como esse é um conteúdo geral, decidimos realizar um plano de formação, confrontando as questões trazidas das práticas de sala de aula com referenciais teóricos. As etapas desse plano foram organizadas da seguinte maneira: atividades introdutórias e reflexivas; reunião entre coordenadores; encontro com os professores; aplicação em sala de aula; nova reunião entre coordenadores; e segundo encontro com os docentes. Abaixo, descrevo como pensamos cada um desses momentos.

Atividades introdutórias e reflexivas – Ao iniciar a formação, escrevemos um texto sobre o conteúdo em questão e compartilhamos com os professores. Após a leitura, pedimos a eles que respondessem algumas questões sobre o que pensam a respeito de cálculos mentais e que elaborassem uma atividade para trabalhar essa modalidade em sala.

Primeira reunião entre coordenadores Com base no que os docentes responderam no primeiro encontro, nós, coordenadores, registramos todas as dúvidas e recolhemos os registros feitos por eles. Esses dados nos permitiram levantar o que eles já sabiam sobre o assunto e o que ainda precisavam aprender. Com base nisso, foi possível definir como seria o próximo encontro e quais estratégias utilizaríamos.

Primeiro encontro com os professores – Nessa reunião, exploramos, identificamos e analisamos junto com os docentes as atividades de cálculo mental apresentadas no livro didático adotado pela escola, visto que esse é um material de referência para o professor em sala. Também propusemos o aprofundamento dos conhecimentos com a leitura de um texto.

Aplicação em sala de aula – Após a análise do livro, organizamos uma pauta para nortear o trabalho dos professores e deixamos que eles planejassem as atividades com autonomia. Com os critérios definidos, eles aplicaramna sala de aula o que foi discutido na reunião e registraram suas considerações sobre o resultado. Os coordenadores observaram as práticas e utilizaram os dados obtidos como estratégia de formação em cada escola.

Segunda reunião entre coordenadores – Analisamos o planejamento feito pelos professores e identificamos os avanços que eles obtiveram na sala de aula. Com base nisso, pudemos definir os aspectos mais importantes para abordar na discussão seguinte.

Segundo encontro com os professores - Pedimos que os docentes socializassem o trabalho realizado e iniciamos um estudo sobre como as estratégias de cálculo mental progridem nas séries iniciais. Fechamos um primeiro esboço do currículo que envolve esse conteúdo com o objetivo de definir as atividades mais adequadas para cada série.

No final da aplicação desse plano de formação, nossa meta foi atingida: conseguimos melhorar a prática em sala de aula e mostrar aos professores que a conta armada pode não ser a melhor estratégia de ensino das operações matemáticas.

E você, já trabalhou cálculo mental com seus professores?

Abraços e até a próxima quinta!

Eduarda