“Brincar e ouvir histórias são momentos que devem acontecer diariamente na Educação Infantil, desde os grupos de bebês de poucos meses.”
É difícil encontrar alguém que discorde dessa afirmação. A questão que se discute é como fazer isso. Alguns professores são extremamente criativos e, com um simples objeto, como um fantoche no papel do narrador, por exemplo, envolvem os pequenos no clima da história. Outros se preocupam mais com a variedade de tipos de texto; e alguns até a se fantasiam de algum personagem.
Foi observando essa riqueza e querendo dar um gás em algumas turmas que levei uma proposta para os professores. A ideia era bem simples: fazer um rodízio semanal de contação de histórias. Para isso, os docentes deveriam planejar como contar uma história de maneira mais elaborada, utilizando fantoches, bonecos ou outro recurso que criasse um clima diferente que o do dia a dia. Às quartas-feiras, haveria um rodízio de salas entre os professores no momento da história – ao final de um tempo determinado, todas as crianças teriam ouvido as histórias de todos os docentes.
Como propus o planejamento coletivo
Agendei um encontro de formação e, para envolver os professores, combinei com uma das profissionais uma leitura dramatizada de um conto de assombração (clique aqui para vê-lo). Preparei o ambiente: fechei as janelas, apaguei as luzes e deixei apenas uma vela próxima a mim e a outra contadora. O resultado foi um sucesso! Ao longo da história, os docentes se assustaram diversas vezes e se divertiram com o impacto da narrativa e o efeito causado pela luz difusa das velas.
O intuito dessa dramatização foi servir de exemplo para o que eu gostaria de propor a eles. Apresentei a minha ideia e combinei que cada um dos presentes deveria pensar na elaboração da contação utilizando um elemento diferente e, se possível, fazer o relato de memória de contos e/ou histórias clássicas, uma vez que o comum do dia a dia era se apoiar em livros e imagens.
Os professores se empolgaram escolhendo as histórias e se organizaram para haver uma variedade. Um professor utilizaria objetos, como uma tesourinha para fazer um pássaro e chaves para imitar o som de um animal; outro docente utilizaria alguns chapéus; uma se vestiria de bruxa; outro profissional se propôs a usar fantoches.
Nas semanas que se seguiram, as crianças se deliciaram ouvindo essas histórias. Mesmo aquelas que já eram conhecidas foram bem recebidas, porque tinham o diferencial de serem contadas por outra professora que não a da turma e de uma maneira bem elaborada.
Vocês perceberam? Pensar em intervenções pontuais pode fazer uma baita diferença na escola! Dessa maneira, os pequenos ganham e os professores se sentem mais motivados e ampliam seu repertório de boas situações didáticas.
Compartilhe conosco alguma proposta diferenciada para o momento de história que já tenha ocorrido na sua escola!
Um abraço, Leninha