A cena é corriqueira: tudo parece tranquilo na aula quando, de repente, no meio da brincadeira, um aluno cai e se machuca. Também não é raro ver crianças sentindo dores de cabeça, de estômago ou sintomas de resfriado. Algumas já chegam à escola com algum problema e a mãe se encarrega de mandar um remédio na mochila.
Por mais simples que sejam, problemas que afetam a saúde e o bem-estar dos estudantes deixam professores e gestores apreensivos. A equipe sabe que há uma determinação do Ministério da Educação (MEC) que proíbe oferecer qualquer tipo de remédio sem receita médica, mas se sente impelida a fazer alguma coisa para amenizar os sintomas, dando aquele analgésico infalível ou mesmo um chazinho que é tiro e queda.
Diante desse dilema, nós, coordenadores pedagógicos, precisamos exercer nosso papel de orientadores da equipe e encontrar caminhos para lidar com essas situações clássicas na rotina escolar. Elas exigem informação prévia sobre como agir.
Aqui onde trabalho, o regimento interno já prevê o que fazer em cada caso, e os procedimentos são divulgados com a maior clareza possível, para que alunos, professores e a comunidade fiquem tranquilos. Essas são algumas das ações que costumo adotar, em parceria com a direção:
- Na primeira reunião de pais do ano letivo, apresentamos um contrato especificando as regras sobre o uso de medicamentos e as ações adotadas em caso de emergência.
- No caso dos remédios, os responsáveis devem evitar colocá-los na mochila e instruir o aluno a tomá-los sozinho, o que pode ser perigoso. O que fizemos foi deixar em aberto para que os responsáveis tenham liberdade de vir até a escola para medicar a criança ou levá-la para casa, se for necessário
- Mantemos um kit de primeiros socorros para pequenos acidentes, com materiais básicos como gaze, soro fisiológico, esparadrapo, algodão, curativos e gelo.
- Em situações mais graves e emergenciais, o combinado é que o estudante seja prontamente encaminhado ao posto de saúde próximo ou até mesmo a um hospital da região – sempre comunicando à família o quanto antes.
- Ajuda muito manter um arquivo atualizado e bem organizado de fichas de saúde. Elas devem ser preenchidas e assinadas pelos responsáveis anualmente, e conter endereço, telefones para contato, alguns dados básicos sobre a saúde da criança etc. Essa ficha também deve incluir possíveis restrições à participação nas aulas de Educação Física.
- Todas essas medidas são simples, mas precisam ser bem acertadas entre todas as partes envolvidas.
E você, coordenador, como orienta a equipe docente a agir nessas horas? Abraços, Eduarda.