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Resultados da avaliação diagnóstica mostraram que é hora de mudar. E agora?

POR:
Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink

O primeiro desafio foi montar um cronograma que permitisse acompanhar de perto a atividade diagnóstica em todas as turmas. Foto: Manuela Novais

Na semana passada, contei como realizei uma formação sobre resolução de problemas matemáticos do campo aditivo a partir de uma atividade diagnóstica em sala de aula. O nosso objetivo era descobrir o que as crianças conseguiam compreender dos enunciados de combinação, transformação ou comparação. Hoje, quero contar um pouco mais sobre como foi colocar a ideia em prática e quais conclusões tiramos do processo.

Meu primeiro desafio foi montar um cronograma que me permitisse acompanhar de perto a atividade diagnóstica em todas as turmas, observando-as junto com os professores. Por isso, distribuímos a aplicação dos exercícios elaborados em diferentes dias e horários ao longo de uma semana.

Para auxiliar os docentes a fazer um registro bem detalhado do desempenho de cada aluno, organizei uma planilha (adapte para sua necessidade!) para tabular os seguintes itens:

  • Problemas que os alunos mais acertaram;
  • Problemas em que os estudantes utilizaram uma estratégia adequada, mas erraram no cálculo;
  • Problemas que a turma mais errou.

A pauta de acompanhamento é um instrumento importante porque permite ao professor orientar a prática a partir das necessidades reais dos alunos, de forma individualizada.

Além dessa planilha, criei uma ficha de análise que os professores deveriam preencher logo depois da realização do diagnóstico. A finalidade era aproveitar a memória da aula, ainda fresca, para não perder alguns detalhes, como as falas dos alunos e as intervenções realizadas, e proporcionar aos docentes uma reflexão sobre a própria prática.

Atividade aplicada, registros feitos, chegava a hora de avaliar os resultados. Depois de analisar os dados da planilha e da ficha de análise, chegamos a duas conclusões:

  1. As crianças tiveram muita dificuldade naqueles problemas cujos enunciados não apresentavam a incógnita ao final, como geralmente se espera, ou apresentavam as grandezas numéricas em ordens diferentes.
  2. Nesses casos, alguns até conseguiam localizar as informações, mas não sabiam dizer qual das operações matemáticas deveriam utilizar.

As conclusões deixaram claro que os alunos, em geral, não tinham dificuldade em executar as operações, mas em lidar com problemas que fugissem de um ordenamento mais usual, com a incógnita ao final do enunciado. A partir disso, a equipe entendeu que seria necessário ampliar a frequência de atividades de interpretação de desafios do campo aditivo, com maior variedade de enunciados.

Ao analisar as fichas preenchidas após a aula, os professores notaram outras deficiências na estratégia que adotaram. Perceberam que exploraram pouco o trabalho em duplas e trios, e quase não havia discussão coletiva das estratégias de resolução utilizadas por cada um.

Com todas essas informações e as mudanças acertadas, já começamos a nos preparar o próximo semestre. Vamos apresentar aos pais os resultados desse trabalho na próxima reunião e, depois, reavaliar o desempenho dos alunos para saber se as medidas surtiram efeito.

E você, já está pensando no próximo semestre? Sua equipe já parou para analisar um diagnóstico como esse? Conte para a gente!

Abraços,

Eduarda