Publicação ajuda escolas a atender alunos com restrições alimentares
FNDE lança caderno de referência que orienta desde o acolhimento até a compra de ingredientes
POR: Anna Rachel FerreiraO que é uma refeição saudável? Bom, depende da sua condição de saúde. Vários componentes de uma dieta considerada adequada podem causar problemas a pessoas com dificuldade para metabolizá-los. É o caso de açúcar, lactose (presente em leite e seus derivados), glúten (muito comum em massas e pães) e fenilalanina (substância presente em alimentos como frango, ovo, carne, soja e leite). Pensando nisso, desde 2014 a lei 12.982 obriga as escolas a oferecerem merenda especial para alunos com necessidades alimentares especiais.
Para ajudar gestores, nutricionistas e cozinheiros a atenderem a essa exigência, a Fundação Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) lançou o “Caderno de Referência - Alimentação Escolar para Estudantes com Necessidades Alimentares Especiais”. A publicação instrui as instituições sobre como lidar com todo o processo, desde como acolher esses alunos até recomendações específicas para doenças alimentares que aparecem com mais frequência nas redes brasileiras, passando pela melhor maneira de adquirir os alimentos.
Para Vânia Luzia Cabrera, nutricionista da Escola da Vila, em São Paulo, o caderno é importante por oferecer uma diretriz para todas as redes. “Nem todas as escolas têm um nutricionista disponível o tempo todo e o material dá orientações essenciais”, afirma. Mesmo com o acesso a essas informações, o primeiro passo sempre deve ser comunicar a secretaria de educação sobre o caso da criança em questão com apresentação do laudo médico. Desse modo, será possível ter a liberação de recursos para compra dos alimentos necessários.
Segundo Mariana Faulin Foresto, nutricionista e assistente técnica do Departamento de Alimentação e Assistência ao Aluno da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, é importante o responsável pela definição do cardápio conversar com os pais e responsáveis da criança, com o gestor da escola e com os cozinheiros para que todos estejam cientes da restrição. A partir desse entendimento, os merendeiros devem se organizar para atender à demanda do aluno, sempre cuidando para que a refeição dele seja a mais parecida possível com a dos colegas. “A ideia é que a criança não se sinta constrangida por sua condição e nem outros a recriminem pelo mesmo motivo”, comenta.
O documento completo está disponível para download na página oficial da FNDE. Confira aqui
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