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Maura Barbosa responde questões sobre reunião de pais, espaço e materiais e diagnóstico inicial

A consultora de GESTÃO ESCOLAR esclarece dúvidas sobre o trabalho do diretor

POR:
GESTÃO ESCOLAR
Maura Barbosa. Foto: Rogério Assis
Maura Barbosa

1 Como preparar uma reunião de pais e envolvê-los na escola?
Mirian Marcos, Joinville, SC
Você precisa assegurar que eles tenham condições de estar presentes nas atividades propostas. Soube de uma iniciativa bacana para atingir esse objetivo, realizada pelos diretores de Canaã dos Carajás, a 764 quilômetros de Belém, onde faço formações. Lá, um mapeamento dos dados das fichas de matrícula mostrou que mais familiares poderiam comparecer à noite e as reuniões foram mudadas para esse período. A alteração garantiu uma média de 80% de presença no encontro de começo de ano. Além de ajustar o horário, é necessário pensar em maneiras de fazer com que a família se sinta acolhida e participe de fato desse momento. Para isso, planeje todos os detalhes com a equipe, desde a recepção até a pauta de discussão, inserindo temas de interesse dos convidados e explicações sobre o trabalho feito em sala de aula. E lembre-se: nada de usar esse tempo para queixas ou para culpar as famílias. A intenção é fazer com que os pais entendam o valor da Educação.

2 Qual o papel do diretor na organização dos espaços e dos materiais para que o momento da brincadeira seja garantido?
Marinês Buzato, Venda Nova do Imigrante, ES
Inicialmente, o diretor precisa entender a importância do brincar para o desenvolvimento das crianças. Ao compreender isso, a organização dos espaços destinados a essa prática passará a ter sentido e significado. A responsabilidade do gestor é, então, assegurar as condições para que as brincadeiras tenham ambientes e materiais exclusivos. A equipe pode ajudá-lo a levantar o que a escola já possui e o que ainda precisa ser adquirido. 

3 Devemos fazer um teste com os alunos no início do ano e usar o resultado para dividir as turmas por nível de desempenho?
Allan de Lima, Macaparana, PE 
Eu considero isso um equívoco. No início do ano, o comum é fazer um diagnóstico inicial para que os professores e o coordenador consigam tomar decisões didáticas e pensar sobre as atividades. No entanto, esse diagnóstico nada tem a ver com a divisão das turmas por nível de desempenho. Estudos de grandes especialistas, como Lev Vygotsky (1896-1934), mostram a importância da interação entre os alunos, sobretudo em grupos heterogêneos, pois a troca é essencial para a construção do conhecimento. No planejamento, são feitos os ajustes dos desafios, levando em consideração os graus de complexidade que podem ser propostos. Certa vez, tive contato com uma diretora que, antes de terminar o ano letivo, já começava a selecionar as crianças para formar as classes. Ela só foi perceber quanto isso poderia ser prejudicial quando se aproximou do coordenador pedagógico da instituição e refletiu sobre o processo de ensino e aprendizagem. Começar o ano promovendo essa divisão, Allan, colabora para discriminar os estudantes e desestimulá-los.


Maura Barbosa é consultora de GESTÃO ESCOLAR e esclarece dúvidas sobre o trabalho do diretor. Envie suas perguntas aqui