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Blog Aluno em Foco

Questões sobre orientação educacional, ética e relacionamentos na escola

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Último embarque: um passeio em si

POR:
Flávia Vivaldi

Ao finalizar nossa viagem literária durante esse período de recesso escolar, meu convite da semana é um mergulho profundo e verdadeiro dentro de si. Acredito que nada é mais pertinente para o momento em que retomamos nossas atividades.

Todos nós, educadores, sabemos que além dos desafios diários presentes na escola o segundo semestre letivo traz ainda mais inquietações quanto à finalização de uma etapa. “Os objetivos foram alcançados? Meus alunos estão em condições de enfrentar os desafios do próximo ano? O que ainda é possível fazer para inspirar meus alunos para o encontro com o conhecimento?” Essas e outras questões certamente nos acompanham como sinais de alerta a serem considerados em nossas decisões. Afinal, tais decisões envolvem vidas humanas e o desenvolvimento delas. Os sucessos e fracassos na vida acadêmica incidem sobre as imagens que cada um constrói de si. E não podemos dar as costas para esse fato.

Sendo assim, a leitura da semana nos traz a discussão sobre pressupostos da conduta humana na convivência compartilhada no ambiente de trabalho.

Será que realmente nos identificamos com nosso trabalho? Em outras palavras: Eu me reconheço naquilo que faço? Consigo em minha prática uma dose saudável de realização e satisfação? E para que esse mergulho em busca de respostas seja, prioritariamente, uma oportunidade de autorreflexão, Mário Sérgio Cortella nos presenteia com “Qual é a tua obra?”(*).

Pelo título já se percebe que o autor trata as questões do trabalho para além da dimensão da sobrevivência. Qual é a tua obra? É assim que o filósofo provoca no leitor a necessidade de se perceber (ou não) como uma unidade imprescindível no coletivo.

Não se trata de uma leitura específica para educadores. Por abordar inquietações sobre gestão, liderança e ética, é dirigida a todos que desenvolvem um trabalho coletivamente.

Cortella, de maneira crítica e respeitosa, discorre sobre as armadilhas impostas pelo poder e o que é necessário para alcançar a visão estratégica de futuro no mundo contemporâneo. Muito distante da literatura de autoajuda, “Qual é a tua obra?” é mais uma rica fonte de conhecimento e reflexão.

Espero, sinceramente, que a leitura traga o fôlego necessário para mais um semestre de construção coletiva.

Cumprimentos mineiros e até a próxima segunda!

(*) CORTELLA, Mário Sérgio. Qual é a tua obra?.Vozes, 2011.