Feriados: o descanso é bom, mas é preciso planejamento para não prejudicar o calendário escolar
POR: Eduarda Diniz Mayrink
Nesta semana, começamos um período raro no calendário brasileiro, com três feriadões seguidos. Nesta quinta e sexta temos as comemorações da Semana Santa, na próxima é Tiradentes e em 1º de maio, segunda, Dia do Trabalho. Ao longo do ano, ainda teremos outras paradas emendadas – Corpus Christi (15 de junho), Independência (7 de setembro), Nossa Senhora de Aparecida (12 de outubro) e Finados (2 de novembro) – todas elas caindo em quintas-feiras. Como todo profissional da Educação, gosto muito de um descanso durante o mês e considero merecido. Mas, precisamos ter um olhar cuidadoso, como coordenadores, para que os feriados ou qualquer outro evento que paralisem o nosso país, estado ou município não interfiram na duração do ano letivo.
O gestor e o coordenador pedagógico precisam considerar essas datas já na elaboração do calendário escolar com a equipe. Ele é um elemento constitutivo do planejamento do currículo escolar, mostra a quantidade de horas que os professores de cada matéria terão para usar em sala de aula, as avaliações, cursos de temas afins, as férias, períodos em que o ano se divide, os dias letivos, as atividades extracurriculares (gincanas, festas escolares), as atividades pedagógicas (como trabalho coletivo na escola, conselho de classe e paradas pedagógicas) e, claro, os feriados.
Precisamos estar atentas às datas que as paradas vão atingir durante o ano letivo e organizar a rotina do professor para não termos problemas no cumprimento do projeto político pedagógico. É importante não cobrar que o docente acelere os conteúdos, pois apertar o tempo para ensinar os assuntos do ano pode afetar negativamente a qualidade do ensino.
É preciso também contar com o compromisso dos professores. Eles são as pessoas mais indicadas para a organização do tempo escolar por conhecerem a realidade da sala de aula. Na prática, são os docentes que vão enfrentar os problemas de atraso no ensino dos conteúdos. Isso afeta as datas de provas, lançamentos de notas, reunião de pais, recuperações entre outras atividades. Nesse sentido, eles devem participar da elaboração do calendário e depois junto com a equipe pedagógica definir quais são as possíveis disciplinas que serão afetadas pelos feriados e pensar em estratégias de trabalhar as necessidades dos alunos. Algumas possibilidades são negociar horários de outras disciplinas e definir horários e datas extras para reposição de conteúdo. Nesse caso, as estratégias devem estar traçadas e comunicadas à comunidade escolar meses antes de as aulas começarem.
E vocês coordenadores o que pensam sobre esta questão? Contem sua experiência para nós aqui nos comentários!
Até o próximo post!
Eduarda
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