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Passo-a-passo para montar um plano de ação escolar

Um plano de ação deve conter o que a escola vai fazer em todas as séries naquele ano letivo

POR:
GESTÃO ESCOLAR
Foto: Getty Images

O Plano de Ação da escola é o planejamento escrito que descreve como a instituição vai endereçar seus problemas, desenvolver suas ações e traçar metas para alcançar seus objetivos. De certa forma, é um compromisso da escola com a intenção de atingir um objetivo – seja ele uma visita ao museu local para os alunos de História, um campeonato de atletismo entre as diferentes séries até uma ação para conscientizar a comunidade sobre coleta de lixo.

Um plano de ação deve conter o que a escola vai fazer em todas as séries naquele ano letivo. Ele deve ser seguido à risca, mas como se trata de um documento “vivo”, comporta modificações e melhorias. A partir das metas traçadas, gestores e professores podem avaliar ao final do ano o que deu certo e se planejar, no início do ano seguinte, para melhorar ou implementar novas ações. Por isso, quanto mais o plano envolver a equipe de professores, coordenadores e diretor, melhor.

“Sem um plano de ação, a escola fica sem norte”, afirma Marlucia Brandão, diretora da EMEIEF Boa Vista do Sul, em Marataízes (ES), desde 2016. Com quase 30 anos de docência na bagagem, ela enfrentou em sua primeira experiência como diretora uma dificuldade técnica. A equipe de professores, por falta de recursos, tinha muita dificuldade em lidar com planos de ação.

Para resolver a questão, Marlucia – que tinha grande experiência em escrever projetos – reuniu-se com os professores para uma atividade. Ela distribuiu uma folha de papel para que listassem ideias do que fazer com suas séries, quais seriam os efeitos daquelas ações e como colocá-las em prática. “Eu criei um passo a passo para guiar os professores, para que eles colocassem ali quais assuntos queriam abordar, que colega poderia somar no projeto, por que achavam que os alunos iriam gostar e, assim explorar o conteúdo com ações”, conta Marlucia.

Ao final, cada professor tinha de colocar a folha de papel em um envelope, assiná-lo e entregá-lo a um colega. No envelope havia um convite para que o colega-professor participasse do projeto, proporcionando assim a interdisciplinaridade oi até a multidisciplinaridade. 

“Aí eu projetava na tela um segundo slide e dizia: ‘Esse documento que vocês acabaram de preencher, esse é o seu projeto do ano’”. No slide, com algumas palavras diferentes, ficava claro que os professores haviam descrito de forma simples e direta qual metodologia seria empregada em cada projeto, quais as expectativas de alcance e, o mais importante, que podiam convidar outro professor para fazer parte.

Veja a seguir as duas versões do documento. O primeiro é feito com toda a equipe reunida. E o segundo a ser apresentado ao final da reunião.

E o segundo modelo.

Marlucia Brandão é diretora da EMEIEF Boa Vista do Sul, em Marataízes-ES, desde 2016, e professora de Língua Portuguesa, com especialização em Linguística Aplicada ao Português, Psicopedagogia Institucional e Ciências da Educação. Deu aulas em todas as etapas, da alfabetização à Educação de Jovens e Adultos (EJA). Também foi Secretária de Educação de Marataízes entre 2011 e 2012.