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BNCC: os desafios para 2019 e 2020

Prazo para implementação da Base da Educação Infantil e Ensino Fundamental acaba em 2020

Crédito: Getty Images

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) deverá chegar às escolas de Educação Infantil e Ensino Fundamental em 2020. “Esses próximos meses, de 2019 e 2020, serão importantes para verificarmos de que forma o currículo será colocado em prática nos projetos pedagógicos até chegar em sala de aula”, disse Cláudia Costin, diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais (Ceipe), da Fundação Getulio Vargas. Cláudia esteve presente no evento "Construção da Proposta Curricular no Território do Rio de Janeiro: como fazer o currículo chegar à sala de aula”, que contou com secretários municipais de Educação, equipes técnicas das secretarias municipais do Rio de Janeiro e educadores.

Atualmente, todos os estados já apresentaram seus currículos para aprovação. Apenas os documentos do Rio de Janeiro e do Amazonas ainda precisam ser aprovados pelos Conselhos Estaduais de Educação. “Hoje o documento está no Conselho [para aprovação] e será entregue em outubro para que nós possamos implementar em todo o estado em janeiro [de 2020]”, disse Lenine Lemos, presidente da Undime Rio de Janeiro e Dirigente Municipal de Educação de Queimados (RJ).

O processo de elaboração dos currículos foi feito de forma colaborativa entre estados e municípios (saiba mais aqui). “Com isso, o resultado não foi um currículo da rede estadual, mas um documento do território. Alguns municípios já passaram a seguir esse material, outros incorporaram alguns elementos a mais”, explica Cláudia. O regime de colaboração potencializa a capacidade das secretarias que enfrentam desafios técnicos para elaborar um currículo municipal individualmente.

Em entrevista ao Conviva, a especialista destacou os desafios das escolas para a implementação da BNCC:

1. Fortalecer a formação continuada
“O papel do professor é decisivo para implementação dos currículos e deve ser visto como um assegurador de aprendizagem dos estudantes. Então temos que falar sobre formação continuada em serviço e o uso de metodologias ativas. Isso é muito novo para os educadores e precisa ser incorporado na rotina!”

2. Monitorar a implementação
“Esses próximos meses, de 2019 e 2020, serão importantes para verificarmos de que forma o currículo será colocado em prática nos projetos pedagógicos até chegar em sala de aula. Só a prática da escola vai nos mostrar se a elaboração dos currículos foi correta e vai nos trazer alguns aprendizados importantes.

Para isso, é essencial fazer o monitoramento da aprendizagem, com avaliações diagnósticas periódicas que permitirão que os educadores olhem para suas escolas e entendam o que precisa ser modificado e melhorado. Temos que desenvolver um ensino para que todos aprendam. Afinal, o que vivemos até agora – de reprovação de todos ou aprovação sem aprendizado – não foi eficiente.”

3. Garantir materiais didáticos de apoio
“É necessária a elaboração de materiais que apoiem a ação do professor. Isso pode ser elaborado por cada rede de ensino ou conjuntamente, para ser compartilhado com os municípios, por exemplo, abordando o que eventualmente os livros didáticos não têm. Também será essencial implementar uma avaliação estadual que se conecte com o currículo.”

*Este texto foi publicado originalmente na plataforma Conviva Educação e adaptado para o site de Gestão Escolar

Conviva Educação é uma iniciativa da Undime e 13 instituições criada em 2013 para apoiar os Dirigentes Municipais de Educação no trabalho cotidiano. Há conteúdos, ferramentas e áreas de trocas de experiências disponibilizadas gratuitamente. Para conhecer, acesse:www.convivaeducacao.org.br.