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Como fiz a avaliação do ano passado com a equipe de professores

POR:
Eduarda Diniz Mayrink

Estou muito feliz de retornar depois de um período de descanso. Espero que, em 2017, tenhamos boas reflexões neste espaço. Hoje, quero falar de um tema extremamente necessário: a avaliação. Quando bem-feita, ela permite elucidar os desafios e promove espaços para buscar coletivamente a melhor maneira de superá-los.

O final do ano letivo é o momento ideal para fazer uma apreciação profunda com a equipe. Apesar da correria que costuma estar presente neste período, analisar tudo o que a escola viveu até ali é muito importante. Quando deixamos para o começo do ano, muitas expectativas e observações relevantes acabam ficando para trás. Além disso, a unidade pode receber novos profissionais que não conseguirão contribuir e se sentirão perdidos durante as conversas. Mas, se, por algum motivo, vocês não conseguiram incluir a reunião na agenda do final do ano, façam agora, ainda é melhor do que simplesmente pular essa etapa.

Realizei uma reunião avaliativa com meus professores em dezembro. Ouvir as expectativas e percepções deles foi um momento muito rico e essencial para projetar meu trabalho para 2017. Procurei deixar claro à equipe que o objetivo era examinar 2016, observando as metas que estabelecemos e os dados de aprovação e reprovação e antecipar possíveis ações que precisavam ser contempladas no período seguinte. Antes do encontro, levantei algumas questões para serem discutidas com os docentes:  

1-O que foi estabelecido como meta no projeto político-pedagógico (PPP)? Quais conseguimos realizar e quais não? Por quê?

2-Quais metas pessoais foram estabelecidas em relação aos alunos ou à equipe? Quais ações aconteceram e quais não foram? Por quê?

3-Quais foram os resultados das avaliações internas e externas?

4- De tudo o que foi feito, o que podemos ajustar e o que é melhor descartar?

5- Quais serão as novas metas do ano letivo?

6-Quais são as expectativas pessoais, da equipe de trabalho e da coordenação pedagógica?

7- Durante as formações oferecidas, quais foram os conteúdos tratados e quais influenciaram na prática de sala de aula?

8-Quais temas gostariam que fossem trabalhados no plano de formação do próximo ano?

Ainda nos dias anteriores, produzi um documento de autoavaliação e pedi que os professores preenchessem. Nele, considerei aspectos da prática dos docentes como o planejamento de atividades, a rotina e os projetos, a organização dos materiais, a postura em sala, o relacionamento com outros funcionários e as famílias, reuniões de pais, materiais confeccionados, avaliações e resolução de conflitos. Para tanto, também criei algumas perguntas:

1-Em quais momentos você acertou e em quais errou?

2-O que faria diferente?

3-O que gostaria de repetir?

4-Houve comportamentos inapropriados, preguiça, má vontade, falta de iniciativa? Quando?

5-Houve empolgação demais, mas falta de organização e planejamento? Quando?

6-Suas estratégias foram de encontro com as necessidades das crianças?

7-Como você acompanhou o aprendizado delas? O desenvolvimento da turma ficou claro para você?

No dia da reunião, cada respondeu o seu questionário e compartilhou alguns pontos com a equipe. O resultado foi extremamente proveitoso. Pude ouvir a equipe e avaliar o meu próprio trabalho como coordenadora pedagógica. Ficou bastante evidente para mim as ações que contribuíram para a formação dos docentes e as que preciso rever para melhorar o meu desempenho. Desse modo, já sei por onde começar em 2017. 

E vocês, coordenadores, realizam reuniões assim com seu grupo de professores? Como organizam esse momento? 

Abraços

Eduarda Mayrink