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Rotina: uma ferramenta para organizar o trabalho pedagógico

POR:
Eduarda Diniz Mayrink

Muitos colegas coordenadores reclamam sobre o desempenho de tarefas que, segundo eles, não fazem parte de seu papel dentro da escola. É o caso de receber as crianças no portão, verificar se faltam profissionais em sala, procurar substituto caso necessário, imprimir materiais para os professores, levar crianças ao banheiro, cuidar de questões de indisciplina, organizar cronogramas de atendimento da biblioteca, andar pelos corredores para ver se está tudo bem, planejar atividades para os docentes e digitar provas, entre outras.

Tomados por tantas atribuições desconectadas de suas funções específicas, muitos coordenadores não conseguem acompanhar os professores, colaborando com a melhoria do trabalho deles. Não estou dizendo que não se deve ser flexível, pois sabemos que emergências acontecem. Mas não podemos deixar que a maior parte do nosso tempo seja tomada por essas atividades. Para conciliar tudo, precisamos de uma rotina e de objetivos bem definidos.

No último encontro de coordenação em minha escola, concluímos que precisávamos estabelecer uma rotina e estratégias de como cumpri-la, com foco no acompanhamento do processo de ensino. Agora, estou organizando as minhas tarefas tendo em mente ações fixas e periódicas. Para organizá-las, primeiro levantei o que é essencial e deve acontecer regularmente:

- Estudos e planejamentos como montar pautas de reuniões, organizar materiais que serão utilizados, pesquisar textos e práticas educativas a serem utilizadas com os professores;
- Atendimento individual de professor;
- Reuniões de formação docente;
- Encontros semanais com o diretor para planejar ações e informar o andamento das ações pedagógicas dos professores;
- Estudo de materiais produzidos pelos educadores como planos de ensino, projetos e sequencias didáticas, atividades avaliativas e registros;
- Avaliação da aprendizagem dos alunos;
- Observação e devolutiva do trabalho dos professores, ajudando-os a aprimorar sua prática;
- Horários de encontros com os professores;
- Reuniões de pais.

Há vários modelos de rotinas, mas o importante é considerar os aspectos citados acima e se adaptar à realidade de cada instituição.  Depois de levantar o que deve conter na rotina de coordenador, fica muito mais fácil organizá-la.  Quando estiver pronta, vale compartilhá-la com a equipe para que todos saibam suas atividades e atribuições. Costumo afixar minha rotina em todos os espaços comuns para que, antes de me procurarem para resolver algum problema, verifiquem minha disponibilidade. Com minha rotina organizada, posso cumprir meu papel e minha real função na escola, dedicando mais tempo para a formação dos professores e evitando interferências no cumprimento das minhas ações pedagógicas.

Eu já fiz a minha rotina. E vocês, coordenadores, como está a elaboração e a execução das suas?

Até a próxima semana,

Eduarda