Depois das avaliações diagnósticas, como analisar os resultados?
POR: Eduarda Diniz Mayrink
Na semana passada, escrevi sobre o papel do coordenador no desenvolvimento de uma avaliação diagnóstica. Também falei sobre como ações como levantamento de dados da turma, conhecer expectativas de aprendizagens e levantar os conteúdos básicos que serão analisados são essenciais para criação de condições didáticas para a aplicação da atividade diagnóstica. Mas, na prática, é comum muitos professores não saberem o que fazer com os dados coletados.
Por isso, é essencial a presença do coordenador em todas as etapas do processo: acompanhando a aplicação, ajudando a análise do instrumento criado para a tabulação do resultado e definindo as principais estratégias para sanar as dificuldades apresentadas pelas crianças.
Para a aplicação da atividade
É importante refletir com o professor sobre o que observar durante a avaliação, como as possíveis dúvidas e inquietações das crianças. Além disso, precisamos orientar os docentes sobre a importância do seu registro pós-aplicação, pois este será utilizado para a coleta de dados e definição do plano de ação e plano de ensino.
Para conseguir acompanhar todos os professores no dia da aplicação do diagnóstico, o coordenador deve definir um cronograma de aplicação de cada sala de forma que possa observar todas as classes avaliadas. Já percebi que, quando participo ativamente da atividade, observando a consigna, as intervenções do professor e as perguntas das crianças, consigo levantar mais informações.
Para a análise de dados
Nesse momento, o educador deve ser convidado a pensar sobre a situação planejada e suas impressões do processo, além de participar da análise de dados coletados. Ouvir suas observações e dar uma devolutiva é um bom ponto de partida para, juntos, traçar os rumos e as estratégias de trabalho de acordo com a necessidade da turma. Alguns instrumentos são necessários nesse momento, como as produções dos alunos, a tabulação dos resultados e os objetivos de cada questão avaliada (se for uma avaliação em formato de prova).
Coletadas e analisadas as informações, chega a hora de traçar planos. Neste caso, é necessário discutir sobre quais ajustes devemos fazer no programa de ensino e criar intervenções específicas que auxiliem os alunos a resolver a falta de pré-requisitos. Definir expectativas a partir do resultado final é necessário para que os ajustes sejam feitos no meio do caminho, à medida que analisamos o desempenho dos estudantes.
Tudo isso deve ser registrado. É preciso deixar claro quais conteúdos estão em defasagem e realizar um acompanhamento detalhado disso durante o ano letivo. Outro aspecto importante é definir um tempo de trabalho em sala e quando será aplicada uma nova avaliação.
Muito trabalho não é mesmo? E vocês coordenadores o que fazem após a aplicação de diagnósticos nas turmas? Quais estratégias utilizam? Compartilhem...
Abraços,
Eduarda
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