Cinco pontos para organizar os portfólios dos alunos
POR: Muriele Massucato
Olá colegas,
Recentemente contei como me aproximei da realidade dos alunos da nova escola onde estou atuando e o quanto os portfólios foram fundamentais nesse processo. Agora, ao final do primeiro trimestre, é chegado o momento de falar mais uma vez deste instrumento metodológico de avaliação, que conta do percurso de aprendizagem dos nossos pequenos, além de contribuir para que entendamos quais são as necessidades educativas das crianças e possamos priorizá-las na formação continuada docente.
Mas para isto, o material precisa estar bem organizado. Portanto, separei cinco pontos essenciais para a organização dos Portfolios tanto na Educação Infantil quanto no Ensino Fundamental.
1) Identificação:
É importante produzir uma capa do portfólio com nome, a foto e/ou uma produção da criança para que o dono seja reconhecido facilmente e para que carregue a identidade do estudante. Capas iguais podem revelar a falta de um olhar individualizado para cada pequeno da parte da escola e do docente.
2) Percurso de aprendizagem:
Guardar atividades marcantes da etapa anterior para que seja possível visualizar a trajetória percorrida. Caso, a criança não tenha frequentado a mesma escola no ano anterior, é possível entrar em contato com a outra unidade escolar ou com a família para solicitar a documentação. Muitas vezes, a pedido dos professores, eu faço esse procedimento e costuma funcionar muito bem.
3) Atividades mais significativas:
Durante a confecção do portfólio atual, é importante separar as produções e outros registros que atestem às aprendizagens mais significativas ao longo do trimestre (ou bimestre) letivo. Isso significa que esse dossiê não é uma pasta de provas e atividades, como é usual imaginar e nem deve ser avaliado com receio. Como especifiquei no ponto dois, o ele conta a história do percurso de aprendizagem do pequeno e serve para acompanhar o progresso do trabalho e fazer ajustes no meio do caminho.
4)Diferentes tipos de registro:
Atividades significativas, contudo, não são necessariamente escritas. Essa é uma visão equivocada. Para rompermos com ela, sugiro aos coordenadores estarem pautados em orientações oficiais e atualizadas. A Base Nacional Curricular Comum reafirma a necessidade de os pequenos terem oportunidades de fazerem suas descobertas, respeitando a integralidade do seu processo de aprendizagem e desenvolvimento para além da escrita. Isso esclarece que o portfólio pode abarcar outras formas de registros como desenhos, fotos com legendas, relatórios, vídeos e até falas das crianças. Muitas vezes esses tipos de registro nos dizem até mais sobre o processo do que uma produção textual.
5) Protagonismo infantil:
A organização da precisa ainda respeitar as opiniões, preferências e considerações dos nossos alunos. Neste sentido, sempre incentivo os professores das crianças maiores que ampliem a participação delas no instrumento. Algumas boas estratégias para que isto ocorra são: permitir ao estudante escolher suas atividades dentre várias que atestem um mesmo objetivo de aprendizagem (seus textos ou desenhos preferidos, por exemplo). Afinal, o portfólio não precisa ser uma construção idêntica para toda turma.
E vocês, como têm orientado seus professores para construção dos portfólios? Vamos trocar experiências?
Um abraço e até a próxima!
Muriele Massucato
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