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Como o diretor pode dar início aos trabalhos da Base Nacional Curricular em sua escola?

POR:
Joelma Souza
O logo da BNCC faz referência ao processo de construção colaborativa, com produção de três versões do documento. Crédito: Reprodução/MEC

O Plano Nacional de Educação (PNE) ampliou a discussão sobre as diretrizes para a Educação Básica e deu força ao processo de elaboração da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Esse documento, que está sendo construído desde 2015, deve guiar a construção de currículos de todas as escolas brasileiras e essa discussão passa, inevitavelmente, pelas mãos do diretor escolar. Ele precisa estar atento às mudanças da proposta, que favorece uma visão geral da capacidade do estudante de desenvolver, aperfeiçoar, reconhecer e valorizar suas próprias qualidades para aprender.

Neste contexto, o diretor precisa organizar o espaço, o estudo e as conversas que favoreçam a melhor apropriação da Base. Para isso, deve realizar a transposição dos objetivos do documento para o dia a dia da atuação docente e garantir as condições de ensino. Não será uma tarefa fácil de ser colocada em prática, por isso, será necessário preparar a escola para esse processo. Visualizo alguns passos que venho planejando para socialização e execução das discussão e entendimento:

1) Estudo da BNCC entre todos os gestores da rede de maneira formativa, por meio das secretarias municipais de Educação, para compreensão e entendimento de sua proposta e de como ele se estrutura para melhor apropriação do documento. Também é possível promover pequenos seminários com a participação de profissionais que já estudam há mais tempo o tema;

2) Sistematização dos aprendizados e definição de como ajustá-lo dentro da proposta pedagógica da escola e, assim, contribuir mais com as discussões dentro da unidade. Como toda a equipe precisará de formação para compreender e ajudar a aplicar a nova proposta, é interessante que o conhecimento sobre o tema circule mais. Ao estabelecer um banco de aprendizados da BNCC, esse documento pode ser consultado em futuros momentos e estar ao alcance de todos sempre que necessário;

3) Ampliação da discussão e do entendimento à comunidade geral, com reuniões específicas para este fim. Existe um desafio de comunicação para que as famílias e alunos também se empoderem dessas novas diretrizes da Educação. Essa conversa precisa tornar claro que as mudanças propostas favorecem a aprendizagem significativa e que o aluno sempre será o foco de todas as práticas. Quando os pais e responsáveis têm conhecimento sobre as expectativas de aprendizagem ano a ano, eles também podem acompanhar melhor o desenvolvimento de seus filhos.

LEIA MAIS: O que a Base Nacional tem a ver com a direção da escola?

Sei que esta primeira conversa dará muito “pano pra manga”, pois apenas inicia ou fomenta uma longa discussão que todas as escolas deverão fazer sobre o assunto. Sobretudo porque ainda precisamos compreender melhor o que a nova Base nos traz como inovação, resgate da cidadania do aluno e valores que estão sempre em pauta nas propostas curriculares.

Tendo essa consciência, quero saber o que cada um de vocês estão pensando ou desenvolvendo dentro de sua prática para ampliar nossa discussão ou iniciar uma conversa e assim sintonizar nosso entendimento! Conto com a sua participação neste assunto tão em evidência, mas pouco discutido na prática por nós.

Um grande abraço e até quarta-feira que vem,
Joelma

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