Censo Escolar: gestor deve ficar atento a estes números
POR: GESTÃO ESCOLAR
O Censo Escolar 2017, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira (Inep), trouxe números que são motivo de preocupação para todos os gestores do país. Ao apresentar os dados nacionais, os gestores também passam a ter uma referência de comparação com suas unidades.
LEIA MAIS Censo Escolar: próximo passo é entender a situação do aluno
Um dos aspectos de impacto na distribuição e no contingente de alunos na Educação Básica é o comportamento dos indicadores de rendimento escolar. Os dados revelam taxas de aprovação mais altas nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental e uma queda no 3° ano, antes que o indicador volte a subir novamente, para encolher no 6° ano.
LEIA MAIS Como preencher o Censo Escolar
A baixa aprovação no 3° ano, etapa típica de um aluno de 8 anos e no final do ciclo de alfabetização, é razão, segundo alguns gestores, para que professores evitem pegar essas classes nas escolas – por receio de que esses números poderão ter impacto em sua própria avaliação.
Ainda no Ensino Fundamental, outra questão levantada pelo Censo Escolar é a distorção idade-série no 1°, 5° e 9° ano, consequência de localização e dependência administrativa. A distorção é maior nas escolas localizadas na área rural e também nas municipais. Em oposição, as escolas da rede privada apresentam maior sincronismo idade-série.
O Censo Escolar aponta que embora os alunos das redes pública e privada apresentem um risco similar de reprovação no 1° ano do Fundamental, essa diferença aumenta consideravelmente à medida que o aluno avança rumo ao Ensino Médio.
De olho nas matrículas
Quando se trata de matrículas, na faixa etária adequada à creche (até os 3 anos de idade), o Censo Escolar 2017 registrou um atendimento de 30,4%, o que indica um espaço para ampliação.
No período de 2013 a 2017, as matrículas em creche cresceram 24,5%, sendo que somente no ano passado, o aumento foi de 5,2%.
O Brasil conta com mais de 67,9 mil creches, sendo 75,3% delas localizadas na zona urbana e 59,1% municipais. Dos 40,6% de creches privadas, 27,4% são conveniadas com estados ou municípios.
Já na faixa etária da pré-escola (4 e 5 anos), o atendimento escolar atinge 90,2%. O Censo aponta a existência de 105 mil escolas nessa faixa, que atendem a 5,1 milhões de alunos. Desse total, 23,2% frequentam a rede privada.
No Ensino Fundamental, 71,5% das escolas, somando 131,6 mil, oferece alguma etapa de ensino nessa categoria. Dessas, 115,4 mil oferecem os anos iniciais do Fundamental.
Os dados do Censo apontam que há quase duas escolas de anos iniciais para cada escola de anos finais: 62,4 mil escolas oferecem a última etapa do Fundametal.
A participação maior fica com a rede municipal, que atende 10,4 milhões de alunos, o equivalente a 68% do total de matrículas dos anos iniciais. A rede municipal também concentra 83,3% dos alunos da rede pública.
Nos anos iniciais, 18,4% dos alunos frequentam escolas privadas. A rede privada cresceu 6,1% entre 2013 e 2017.
Quando se trata de matrículas no Ensino Médio, o Censo aponta uma queda que tem basicamente dois motivos: a redução do número de alunos que concluíram o Ensino Fundamental e se matricularam na fase seguinte e o aumento do número de concluintes do Ensino Médio e elevado percentual de avasão, que ficou em 11,2%.
Dos alunos do Ensino Médio, 79,3% estudam no período diurno, enquanto 1,6 milhão de alunos (20,7%) estavam matriculados no noturno. A grande maioria, 95,5% dos alunos frequentam escolas urbanas.
A rede privada, com cerca de 970 mil alunos, teve uma participação de 12,2% na matrícula de ensino médio.
Tags
Aprofunde sua leitura
Assuntos Relacionados
- Lidas da semana
-